Chuvas no Rio Grande do Sul deixam 10 mortos e governador solicita auxílio

Governador Eduardo Leite descreve situação como bélica e solicita apoio das Forças Armadas

Por Plox

01/05/2024 19h20 - Atualizado há 16 dias

As intensas precipitações que assolaram o Rio Grande do Sul resultaram em uma situação crítica, com dez óbitos confirmados e 21 pessoas ainda desaparecidas. O cenário alarmante motivou o governador Eduardo Leite a comparar a situação a um cenário de guerra e a solicitar auxílio presidencial para a mobilização das Forças Armadas na região.

 

Foto: Reprodução de vídeo

Em uma comunicação via redes sociais, Leite expressou a gravidade do momento: "Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas". Em resposta, o presidente Lula agendou uma visita ao estado para o dia seguinte, com o objetivo de supervisionar as operações de resgate e definir medidas emergenciais.

Foto: Reprodução de vídeo

Previsões meteorológicas indicam agravamento do cenário

Estael Sias, meteorologista da MetSul, informa que a instabilidade climática continuará a impactar severamente o estado, com a previsão de mais 100 a 150 mm de chuva na quinta-feira devido à passagem de uma frente fria, seguida por uma nova onda de chuvas intensas entre sexta e sábado. A especialista descreve a situação como potencialmente mais grave que eventos anteriores, cobrindo uma área maior e configurando uma verdadeira calamidade.

Além do Rio Grande do Sul, o avanço das chuvas para Santa Catarina e Paraná também é esperado, com previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicando a formação de novas áreas de instabilidade que poderão levar a temporais, com ventos fortes e possível queda de granizo.

Alertas e projeções para o futuro próximo

As regiões mais afetadas incluem o centro e norte do Rio Grande do Sul, já enfrentando inundações significativas, com rios como Caí, Paranhana e Taquari atingindo níveis históricos de cheia. Estael Sias projeta que as enchentes podem persistir até a segunda semana de maio, possivelmente ultrapassando o número de fatalidades do ano anterior. Em circunstâncias extremas, medidas como o fechamento das comportas do lago Guaíba poderão ser necessárias, algo que ocorreu apenas duas vezes desde 1970.

A Defesa Civil estadual emitiu um novo alerta para chuvas extremas, enquanto o governador Eduardo Leite sinaliza que o estado pode entrar no grau "severo" de alerta meteorológico, indicando um risco acentuado para a vida e integridade física da população. As áreas de instabilidade também elevam o risco de fenômenos extremos, como tornados, que podem atingir o estado nos próximos dias.

Destaques