Chuva leva governo gaúcho suspender aulas da rede pública estadual

Governo gaúcho adota medidas de segurança em resposta ao impacto das chuvas

Por Plox

02/05/2024 13h14 - Atualizado há 15 dias

Devido às chuvas contínuas que atingem o Rio Grande do Sul desde sexta-feira, o governo do estado determinou a suspensão das aulas em toda a rede pública estadual nesta quinta-feira e sexta-feira. A medida afeta diretamente o funcionamento de 315 escolas em 133 cidades, onde já foram registrados danos materiais e estruturais em 94 unidades, conforme informações da Secretaria de Educação.

Foto: Lauro Alves/Secom

A decisão segue as orientações da Defesa Civil e tem como objetivo principal garantir a segurança de alunos, professores e funcionários, além de reduzir o fluxo de pessoas durante um momento considerado de calamidade pública de nível III. Essa classificação indica uma situação de grande intensidade, com danos consideráveis à estrutura das cidades.

Autoridades estaduais têm insistido para que a população permaneça em suas residências, evitando exposição a riscos como deslizamentos, desmoronamentos e alagamentos. O governador Eduardo Leite, que esteve na Defesa Civil em Porto Alegre, reforçou a gravidade da situação. "Estamos enfrentando muitas dificuldades nos resgates, e é crucial que todos busquem um local seguro. A água pode atingir áreas que foram afetadas no passado e há risco de que isso ocorra novamente", declarou ele.

Em uma coletiva, Leite descreveu o momento como crítico, comparando a situação a um "cenário de caos". Ele também alertou que o estado deve enfrentar condições ainda mais severas nos próximos dias, com previsões de chuvas intensas até pelo menos o próximo domingo.

Este evento já está sendo considerado o maior desastre natural na história recente do estado, superando as fortes chuvas de 2023, que resultaram em mais de 50 mortes e extensos danos materiais. Até o momento, a Defesa Civil confirmou 13 mortes e 12 feridos devido às chuvas, com 21 pessoas ainda desaparecidas e quase 68 mil afetadas de alguma forma. O número de desalojados atinge quase 10 mil, além de outros 4.599 que necessitaram de abrigos públicos ou assistência.

 

 


 

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