Liberdade concedida à sobrinha acusada de tentar sacar dinheiro com cadáver de tio

Érika Souza, sobrinha de Tio Paulo, é liberada pela justiça, mas enfrentará a justiça por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver

Por Plox

02/05/2024 12h31 - Atualizado há 15 dias

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu soltar Érika Souza, sobrinha de Paulo Roberto Braga, conhecido como Tio Paulo, que havia sido levada ao banco já morto para uma tentativa de saque de empréstimo. Érika estava detida desde o dia 16 de abril e responderá em liberdade pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver após a juíza Luciana Mocco, da 2ª Vara Criminal de Bangu, acatar um pedido de sua defesa.

Foto: Reprodução / TV Globo

Após análise, a magistrada reconheceu que Érika, sendo ré primária e possuindo residência fixa, não apresenta periculosidade que justifique manutenção de sua prisão. Luciana Mocco destacou que o clamor público não deve influenciar na decisão legal, que deve se basear somente nas evidências apresentadas.

Além dos crimes já mencionados, Érika também é investigada por homicídio culposo, devido a uma possível omissão de socorro, conforme informações da Polícia Civil.

Medidas restritivas impostas

Como condição para sua liberdade, a justiça impôs a Érika medidas cautelares estritas:

  • Deverá comparecer mensalmente ao cartório para informar e justificar suas atividades ou qualquer mudança de endereço.
  • Em caso de necessidade de internação para tratamento de saúde mental, deverá ser apresentado um laudo médico.
  • É proibida de se ausentar da comarca por mais de sete dias sem autorização judicial.

Contexto do crime e investigações em andamento

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, representado pela promotora Débora Martins Moreira, a acusação se sustenta no ato de Érika ter levado o tio ao banco após sua morte para realizar o saque, demonstrando um "total desprezo e desrespeito" pelo mesmo.

Além disso, relatos indicam que Érika, antes de levar o cadáver ao banco, tentou realizar o saque sozinha, uma ação frustrada pela necessidade da assinatura de Paulo. A investigação aponta que ela estava ciente da morte do tio, usando estratégias para simular que ele estava vivo durante o atendimento no banco. Imagens do circuito interno do banco e declarações de testemunhas reforçam as suspeitas, mostrando Paulo imóvel e com a cabeça caída, sinais que Érika tentava ocultar enquanto aguardava atendimento.

As investigações continuam para esclarecer a dinâmica dos eventos e a responsabilidade de Érika nos crimes atribuídos a ela, enquanto ela agora aguarda o julgamento em liberdade.

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