Real valoriza frente ao dólar após decisões do Fed e elogios da Moody's ao Brasil

Moody's eleva perspectiva do país e Fed mantém juros altos, impactando o câmbio

Por Plox

02/05/2024 11h31 - Atualizado há 16 dias

Em uma manhã de reajustes pós-feriado do Dia do Trabalho, o dólar apresentou uma queda significativa contra o real nesta quinta-feira, 2 de maio. O cenário foi influenciado pela recente decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de manter a taxa de juros entre 5,25% e 5,5%, o maior nível em 23 anos. No âmbito doméstico, o otimismo foi impulsionado pela agência de classificação de risco Moody's, que revisou a perspectiva econômica do Brasil de "estável" para "positiva".

Foto: Pixabay/Reprodução

A declaração do Fed, divulgada após sua última reunião, indicou que as taxas de juros americanas devem permanecer elevadas por um período mais extenso enquanto o país enfrenta uma inflação persistente. A entidade sinalizou que possíveis cortes só deverão ocorrer no segundo semestre deste ano, destacando uma "falta de progresso adicional" na meta de inflação de 2% nos últimos meses.

Jerome Powell, presidente do Fed, reforçou que, apesar da necessidade de mais tempo para uma desinflação confiável, um aumento adicional de juros para este ano parece improvável, uma previsão que já vinha sendo antecipada pelo mercado. Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, comentou que o mercado já esperava pela manutenção das taxas e que o reconhecimento da persistência inflacionária reforça a expectativa de que os cortes de juros não serão iniciados tão cedo.

No Brasil, a alteração da perspectiva pela Moody's, que não modificava sua classificação para o país desde 2018, trouxe uma visão mais otimista. Às 9h15, a moeda americana era negociada a R$ 5,143, evidenciando uma desvalorização de 0,93%. Enquanto isso, o índice DXY, que compara o dólar a outras importantes divisas globais, mostrava estabilidade, sinalizando um fortalecimento do real frente ao dólar.

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