Lula condena disseminação de Fake News e critica Bolsonaro ao tratar da tragédia no Rio Grande do Sul

Presidente critica "indústria de mentiras" durante calamidade e menciona necessidade de apoio federal para reconstrução

Por Plox

07/05/2024 10h51 - Atualizado há 11 dias

Em entrevista às emissoras de rádio na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou forte condenação às ações de indivíduos que disseminam notícias falsas durante os temporais devastadores no Rio Grande do Sul.

Foto: Ricardo Stuckert/PR 27.06.2023

As enchentes já deixaram 90 mortos e afetaram cerca de 1,3 milhão de pessoas. Lula descreveu tais ações como “um jogo de pessoas que estão apostando na desgraça”, lamentando a situação crítica no estado. No programa "Bom dia, presidente", produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente denunciou a propagação de fake news como "canalha", reforçando que "o Brasil não merece ser palco dessa indústria de fake news".

 

crítica ao ex-presidente

Aproveitando a ocasião, Lula criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, recordando que, durante as enchentes na Bahia em dezembro de 2021, Bolsonaro estava de férias e foi visto em um jet ski. “Me preocupa ver a liderança do país em lazer enquanto nosso povo enfrenta desastres tão severos”, comentou.

 

medidas de auxílio

Lula anunciou que o governo federal está avaliando a liberação de crédito extraordinário para auxiliar o Rio Grande do Sul, mas explicou que os prefeitos das cidades afetadas e o governador Eduardo Leite ainda não têm uma estimativa exata dos danos. “Só poderemos fazer um balanço real dos prejuízos quando a água baixar”, ressaltou o presidente.

Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro, permitindo ao governo federal despesas extraordinárias para a recuperação.

 

impacto na produção agrícola

Lula também expressou preocupação com os impactos das enchentes na produção de arroz e feijão. “A chuva certamente atrasou a colheita no Rio Grande do Sul. Pode ser necessário importar para evitar um aumento dos preços que afete o bolso dos brasileiros”, advertiu Lula, destacando a necessidade de manter os preços estáveis para a população.

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