Planos de saúde, tomate e cebola influenciam inflação de março

Dados do IBGE apontam variação de 0,16% no IPCA, influenciada por alimentos como tomate e cebola, além dos planos de saúde

Por Plox

10/04/2024 12h56 - Atualizado há 19 dias

A inflação de março registrou uma desaceleração significativa, atingindo apenas 0,16%, conforme informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse índice representa uma queda considerável em relação ao mês de fevereiro, que fechou com uma inflação de 0,83%. Entre os principais responsáveis por essa variação estão os preços dos planos de saúde, do tomate e da cebola.

Foto: Arquivo/Agência Brasil
  • Variações Significativas: 
  • No mês de análise, a cebola apresentou um aumento de 14,34%, seguida pelo tomate com 9,85% e pela banana prata com 7,79%.
  • Influência do Clima: De acordo com André Almeida, pesquisador do IBGE, a escassez de oferta desses produtos foi um fator determinante para a alta dos preços, influenciada pelas condições climáticas adversas do verão e intensificada pelo fenômeno El Niño em 2024.
  • Outros Aumentos:
  •  A lista de alimentos com maior elevação de preços inclui açaí (14,20%), alho (7,90%), mamão (6,40%), laranja pera (5,49%), entre outros, culminando em uma inflação de 0,53% para o grupo alimentação e bebidas.

 

  • Planos de Saúde: 
  • Tiveram um aumento de 0,77% no período, impulsionado pelo reajuste anual autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), impactando o grupo saúde e cuidados pessoais, que fechou com uma inflação de 0,43%.
  • Deflação em Transportes: Este grupo registrou uma queda de 0,33% nos preços, graças à deflação em itens como passagens aéreas (-9,14%), gás veicular (-2,21%), e óleo diesel (-0,73%), contribuindo para a desaceleração da inflação geral.
  • Educação e Outras Despesas: O segmento de educação, que havia sido um dos principais responsáveis pela inflação de fevereiro, teve uma variação positiva modesta de 0,14% em março. Outros grupos de despesas, como habitação, vestuário e despesas pessoais, também apresentaram taxas de inflação baixas.

Desempenho Regional

  • Variação por Capitais: Entre as capitais e regiões metropolitanas analisadas, São Luís destacou-se com a maior alta de preços (0,81%), enquanto Porto Alegre foi a única a registrar deflação (-0,13%).
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