Dia mundial do café destaca o Brasil como líder em exportação

A celebração global do café ocorre em várias datas, mas a mais conhecida é promovida pela Organização Internacional do Café (OIC), que designa 1º de outubro como o Dia Internacional do Café, coincidindo com o início da safra nos países produtores. Apesar da confusão em torno da data, Vanusia Nogueira, diretora-geral da OIC, enfatiza a importância de celebrar essa bebida globalmente amada.

No mês passado, as exportações brasileiras do grão atingiram um novo recorde, com 4,2 milhões de sacas enviadas ao exterior, marcando um aumento de 37,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Esse volume é o maior já registrado para março desde o início das medições pela organização.

preferências e tendências nos estados unidos

Os Estados Unidos continuam a ser o maior importador de café do Brasil, comprando 4,9 milhões de sacas em 2023, o que representa 16,2% do total exportado. Esse número mostra uma redução de 38% em comparação ao volume do ano anterior, influenciado por uma produção menor nos anos de 2021 e 2022 e dificuldades logísticas no porto de Santos.

Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, destaca que o café tem aumentado sua presença nos lares americanos, com um crescimento de 7% desde 2021, alcançando 65% das residências. Enquanto isso, bebidas como chás e sucos têm uma penetração menor, de 46% e 22% respectivamente. Uma tendência notável nos EUA é o aumento no consumo de café gelado, que agora compõe cerca de 25% do mercado. Matos comenta, “O mundo está aquecendo, e as pessoas estão optando por bebidas mais refrescantes.”

Adicionalmente, o interesse pelo café entre os jovens americanos está crescendo, embora o consumo ainda seja predominante entre as gerações mais velhas. Após a pandemia, houve um aumento na demanda por cafeterias, impulsionado pela necessidade de ressocialização.