Professores de universidades federais de Minas Gerais anunciam greve

Paralisação começará nesta segunda-feira em resposta à proposta de reajuste zero do governo

Por Plox

14/04/2024 10h09 - Atualizado há 15 dias

Greve nas universidades: Professores das universidades federais de Minas Gerais, incluindo a UFMG, entram em greve a partir desta segunda-feira (15/4). A paralisação também envolve servidores técnicos-administrativos que já estão parados desde março.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Decisão pela greve: Em uma votação realizada, a paralisação dos professores na UFMG foi decidida com 228 votos a favor, contra 140. O movimento grevista é uma reação à proposta do governo federal que prevê zero de recomposição salarial para 2024, com um possível aumento de 9% dividido em duas parcelas para 2025 e 2026.

Extensão do movimento: Além da UFMG, outras instituições como o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), e universidades federais em Juiz de Fora, Ouro Preto e Viçosa, aderiram à greve. A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) iniciará a greve em maio devido a um calendário letivo diferente.

Negociações estagnadas: Segundo Gustavo Seferian, presidente do Andes-SN e professor na Faculdade de Direito da UFMG, não houve progressos nas negociações com o governo desde dezembro, com propostas que não atendem às demandas dos professores. Uma nova rodada de negociação está marcada para 19 de abril.

Reivindicações: Os docentes pedem um reajuste de 7,06% para 2024 e valores iguais para os dois anos subsequentes, enquanto os servidores administrativos querem três parcelas de 10,34% até 2026. Eles argumentam que esses valores são necessários para compensar as perdas salariais acumuladas desde 2016.

Resposta do governo: O Ministério da Educação (MEC) enfatiza que está buscando alternativas para valorizar os servidores e menciona o reajuste de 9% concedido em 2023. Destacam ainda a participação em mesas de negociação para encontrar soluções.

Instituições em estado de greve: A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) estão em estado de greve e podem paralisar suas atividades a qualquer momento.

Impacto acadêmico: A greve afetará diretamente milhares de estudantes e pode causar atrasos significativos no calendário acadêmico dessas instituições.

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