Corpo de idoso levado a banco no Rio será sepultado neste sábado

Enterro acontece após tentativa de fraude que chamou atenção mundial

Por Plox

20/04/2024 12h33 - Atualizado há 13 dias

O corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, que foi conduzido já sem vida a uma agência bancária em Bangu, será sepultado neste sábado, 20 de abril, no Cemitério Campo Grande, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro. O enterro ocorre após o incidente que teve ampla repercussão tanto nacional quanto internacionalmente desde a última terça-feira.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Na ocasião, funcionários do banco capturaram em vídeo o momento em que Érika de Souza Vieira Nunes, 43 anos, tentava obter a assinatura de Braga em documentos para um empréstimo de R$ 17 mil. Nas imagens, é perceptível que o idoso já estava falecido. Érika, que chamava Braga de "tio Paulo", foi presa em flagrante sob acusação de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver.

A detenção de Érika foi confirmada na última quinta-feira, após audiência de custódia na cadeia José Frederico Marques, em Benfica. A juíza Rachel Assad da Cunha, seguindo a solicitação do Ministério Público do Rio de Janeiro, destacou a aparente falta de preocupação de Érika com o estado de Braga, focando-se exclusivamente no processo do empréstimo. A magistrada ressaltou a natureza "repugnante e macabra" do ato, dado que há suspeitas de que Braga já estivesse morto ao ser levado ao banco.

Câmeras de segurança do local registraram Érika manobrando a cadeira de rodas com Braga claramente inerte, sugerindo sua incapacidade de consentir qualquer transação. Contrastando com essas imagens, depoimentos recentes podem oferecer outro ângulo para o caso. Segundo um motorista de aplicativo e um mototaxista que colaboraram no transporte de Braga, o idoso ainda apresentava sinais vitais antes de chegar ao banco. Ambos os testemunhos apoiam a afirmação da defesa de que Braga estava vivo ao adentrar a agência bancária.

Ainda de acordo com a defesa, Érika afirmou que a intenção do empréstimo era financiar a compra de uma televisão nova e custear reformas na residência do tio em Bangu. As investigações seguem em andamento para esclarecer as circunstâncias exatas envolvendo a morte de Braga e a tentativa subsequente de obter um empréstimo em seu nome.

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