Hoje é o Dia do Disco de Vinil e ele renasce como luxo no universo musical

Mesmo com a evolução digital, o disco de vinil ressurge como um objeto de desejo e sofisticação

Por Plox

20/04/2024 09h41 - Atualizado há 13 dias

Em pleno século XXI, o disco de vinil, que muitos julgavam ser uma relíquia do passado, está mais vivo do que nunca. O "Dia do Disco de Vinil", comemorado em 20 de abril, celebra não apenas a nostalgia, mas também a contínua relevância deste formato no mundo da música. O vinil, outrora um objeto comum nas casas de milhares de pessoas, agora se estabelece como um artigo de luxo, buscado por colecionadores e aficionados por sua qualidade sonora e valor estético.
 

A paixão pelo analógico e a qualidade do som do vinil são incomparáveis. Não é apenas ouvir música, é uma experiência, é o que sempre argumentam os ouvintes de músicas que preferem os antigos LPs. Essa visão é ecoada por muitos, que veem no vinil uma forma de conexão mais autêntica com a música, valorizando o ritual de colocar o disco na vitrola e apreciar cada detalhe da capa e do encarte.
 

Esse Toca-discos é vendo por cerca de R$4.000 - Foto: divulgação


Apesar da popularidade de plataformas de streaming digital como Spotify, e do domínio anterior dos CDs, o mercado de vinil vem crescendo significativamente. De acordo com a Associação da Indústria Fonográfica, as vendas de discos de vinil têm visto um aumento anual, com números que não eram observados desde os anos 80.


Este renascimento também estimulou a indústria a inovar. Fabricantes de toca-discos modernos estão investindo em tecnologia que combina o charme do antigo com a eficiência do novo. "Há uma grande demanda por toca-discos que não apenas tocam discos, mas também integram tecnologias modernas como Bluetooth e USB", explica Ana Ferreira, gerente de uma loja especializada em equipamentos de áudio.


Além disso, novos álbuns e reedições de clássicos em vinil estão sendo lançados regularmente, atraindo tanto os ouvintes mais jovens quanto aqueles que querem reviver as músicas de suas juventudes. Isso reflete uma mudança no mercado onde o vinil deixou de ser visto como um item de pouco valor e se transformou em um verdadeiro símbolo de status e bom gosto musical.


Em um mundo dominado pela imediatez do digital, o disco de vinil sobrevive como um testemunho da durabilidade e profundidade da música. Sua presença crescente em festivais de música, lojas especializadas e nas casas de entusiastas ao redor do mundo é uma prova de que, mesmo em uma era dominada pela tecnologia, ainda há espaço para o charme indiscutível do analógico.

 

 

Como começou o disco de vinil?
Em 1877, o inventor Thomas Edison, famoso por sua criação da lâmpada elétrica, apresentou ao mundo sua invenção revolucionária: o Fonógrafo. Esse dispositivo tinha a capacidade de gravar e reproduzir sons, abrindo as portas para uma nova era na história da música.
O Fonógrafo funcionava criando uma representação visual de uma onda sonora em uma folha de estanho envolta em um cilindro cheio de ranhuras. Uma agulha reagia às vibrações do som, gravando uma série de marcas na folha de estanho. Essas marcas representavam o som que estava sendo registrado
A evolução da música analógica
Em 1887, o inventor Emile Berliner, um alemão-americano, patenteou uma inovação que se tornaria o disco de vinil. Ao invés de usar um cilindro para gravar os sons, ele criou um disco plano e giratório que permitia que a agulha se movesse horizontalmente pela gravação, em contraste com os cilindros fonográficos que tinham movimento vertical. Esse formato alternativo ao cilindro foi chamado de gramofone 
O primeiro disco de vinil comercialmente disponível foi lançado por Emile Berliner em 1889 e recebeu o nome de “Vivona”. No entanto, a verdadeira revolução veio mais tarde, em 1932, quando a RCA Victor introduziu o disco de vinil como o conhecemos hoje
Peter Carl Goldmark e o Vinil Moderno
Em 1930, o húngaro Peter Carl Goldmark, que trabalhava para a gravadora Columbia Records, aperfeiçoou o formato dos discos de vinil. Ele desenvolveu o vinil que rodava a 78 rotações por minuto e era feito de goma laca. Esses discos ofereciam uma qualidade sonora superior e marcaram o início da era moderna do vinil.
Assim, o disco de vinil continuou a evoluir, resistindo à era digital e se tornando não apenas um meio de reprodução musical, mas também um objeto de desejo, cultura e luxo. Hoje, no Dia do Disco de Vinil, celebramos essa maravilha analógica que continua a girar e encantar nossos ouvidos
 

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