Crescimento alarmante das mortes relacionadas à droga K em presídio de Minas Gerais

Investigação em curso após série de óbitos por possível overdose de "droga zumbi"

Por Plox

21/04/2024 10h53 - Atualizado há 11 dias

Mais um preso perdeu a vida no presídio Antônio Dutra Ladeira, localizado em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Elias Martins da Silva, de 40 anos, faleceu na última sexta-feira após cinco dias de internação, sem qualquer diagnóstico de doenças pré-existentes. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) anunciou que um procedimento será aberto para determinar a causa exata da morte.

Foto: Reprodução de vídeo

Este incidente aumenta para sete o número de mortes suspeitas de estar relacionadas à overdose de uma substância conhecida como droga tipo "K" dentro da mesma instalação desde dezembro do ano passado. Até o momento, 14 detentos morreram sob circunstâncias similares em diferentes presídios da área desde o final do último ano. As autoridades estão em alerta, pois todas as mortes ocorreram sem lesões visíveis ou condições médicas identificadas.

As drogas, apelidadas de "drogas zumbi", são notórias por seus efeitos que desvinculam os usuários da realidade. Essa nomenclatura se deve à capacidade da substância de induzir um estado de transe nos indivíduos afetados.

Elias Martins da Silva estava encarcerado desde o fim de janeiro deste ano, porém já contava com mais de uma década de histórico no sistema prisional. Ele morreu no Hospital Municipal São Judas Tadeu. Conforme declarado pela Sejusp, um procedimento interno será conduzido pela administração do presídio para esclarecer as circunstâncias que culminaram na internação e subsequente óbito do detento. O corpo foi enviado ao Instituto Médico-Legal para exame.

Em uma operação recente, a Sejusp capturou 18.656 unidades dessa droga entre janeiro de 2023 e março deste ano, refletindo a disseminação e o desafio em controlar a circulação desses entorpecentes nos estabelecimentos penitenciários do estado. A droga é frequentemente camuflada em papel, tecido ou outros objetos, dificultando a detecção pelas autoridades penitenciárias.

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