Bolsonaro volta a pedir anistia a presos do 8 de janeiro e elogia Elon Musk durante ato em Copacabana

Os aliados de Bolsonaro projetam um clima menos tenso para este encontro, apesar da controvérsia contínua

Por Plox

21/04/2024 09h12 - Atualizado há 11 dias

Neste domingo, dia 21 de abril, o ex-presidente Jair Bolsonaro organizou um ato público na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, com a presença de apoiadores e diversas figuras políticas. O evento ocorreu entre os postos 4 e 5 da famosa praia carioca e começou a atrair participantes desde as 8h da manhã. 

Foto: divulgação

Bolsonaro, que partiu de um hotel próximo ao local, subiu em um caminhão por volta das 10h10 e iniciou seu discurso às 11h26, que durou aproximadamente 35 minutos. Durante sua fala, ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além de elogiar o empresário Elon Musk, chamando-o de "mito" e defensor da liberdade.

Veja vídeo completo da manifestação
 

Foto: divulgação

O foco de seu discurso foi a defesa da anistia aos detidos durante os atos de 8 de janeiro, tema recorrente em suas recentes aparições públicas, incluindo um ato anterior em São Paulo.

 

Malafaia acusa ministro Alexandre de Moraes de comportamento ditatorial e clama por impeachment

Foto: Divulgação

O pastor Silas Malafaia expressou veementes críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Em um evento de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Malafaia descreveu Moraes como um "ditador", acusando-o de usar táticas autoritárias, como prisões para intimidar a população e influenciar a mídia, nomeadamente a Rede Globo, a qual ele alega estar sob a influência do ministro.
 

O Malafaia apontou para práticas específicas que, segundo ele, configuram violações das liberdades fundamentais garantidas pela Constituição. Ele destacou a anulação de multas milionárias impostas pela Receita Federal à TV Globo, alegando que tal ato beneficiou o canal de televisão, transformando-o em porta-voz do regime autoritário liderado por Moraes. Malafaia acusou o ministro de comprometer a liberdade de expressão e de consciência, pilares protegidos pelo artigo 5º da Constituição.

Ao final de seu discurso, Malafaia dirigiu-se ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criticando sua falta de ação e acusando-o de prevaricação. Segundo Malafaia, Pacheco está negligenciando seu dever ao não responder às ações de Moraes, trazendo desonra para seus eleitores em Minas Gerais. Em meio a aplausos e apoio do público presente, Silas Malafaia concluiu seu discurso com um apelo por uma intervenção, divina ou popular, para instigar o Senado a agir e iniciar um processo de impeachment contra o ministro do STF.


A manifestação foi convocada em um momento em que Bolsonaro enfrenta investigações por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. Além dele, ex-ministros, assessores e militares também são investigados no mesmo inquérito do STF.

Além do ex-presidente, outras figuras proeminentes discursaram no evento, incluindo Valdemar da Costa Neto, presidente do PL; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a ativista cubana nacionalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, este último chegando a discursar em inglês.

O ato também contou com a presença silenciosa de figuras como os filhos de Bolsonaro, Carlos, Eduardo e Flávio; o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem; o general Walter Braga Netto; e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, todos membros do PL e apoiadores do ex-presidente.
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