Movimento sem terra intensifica ocupações para pressionar governo Lula

MST planeja 50 novas ocupações de terras em abril para acelerar reforma agrária no Brasil

Por Plox

22/04/2024 10h16 - Atualizado há 11 dias

Expansão das ocupações: O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) visa alcançar mais de 50 ocupações de terras até o final de abril, com o objetivo de pressionar o governo federal a promover mudanças na reforma agrária brasileira, informou o grupo ao Metrópoles.

Foto: reprodução


Balanço atual: Até o momento, o MST registrou 26 ocupações e cinco novos acampamentos em 18 estados e no Distrito Federal. A última ação ocorreu no domingo (21/4) em Miguel Leão, Piauí.
Abril Vermelho: As ações do MST fazem parte do "Abril Vermelho", uma homenagem aos 21 trabalhadores rurais mortos em 1996, em Eldorado do Carajás, e celebra os 40 anos de luta do movimento. O lema deste ano é "Ocupar para o Brasil Alimentar".
Demandas do MST: Em uma recente declaração ao Metrópoles, a coordenação do MST do Distrito Federal e Entorno destacou a necessidade de agilidade na reforma orçamentária para a aquisição de terras e desenvolvimento rural, bem como melhorias salariais para os servidores responsáveis pela reforma agrária.
Pressão sobre o governo: O movimento expressa insatisfação com o ritmo de criação de assentamentos sob o terceiro mandato de Lula, apontando que apenas 50,6 mil famílias foram assentadas em 2023, em comparação com 7 mil em 2022.
Lançamento do Terra da Gente: Em resposta às pressões, o presidente Lula anunciou o programa "Terra da Gente", que visa acelerar a reforma agrária. A iniciativa promete beneficiar cerca de 295 mil famílias até 2026, oferecendo "prateleiras de terras" para assentamento.
Declaração do presidente: Durante o lançamento do programa, Lula enfatizou que a nova política não substitui a necessidade de continuar a luta pela reforma agrária, mas busca mostrar formas de progresso "sem muita briga".
Com essas ações e declarações, o MST continua a ser um catalisador para mudanças significativas na política agrária do Brasil, mantendo a pressão sobre o governo atual para cumprir suas promessas de campanha e atender às demandas urgentes dos trabalhadores rurais sem terra.

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