Preocupação empresarial com o ajuste fiscal no governo Lula

Empresários expressam temor com meta fiscal e impacto no crescimento econômico

Por Plox

22/04/2024 07h41 - Atualizado há 11 dias

Em meio a incertezas econômicas, empresários brasileiros demonstram preocupação com a capacidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em cumprir metas fiscais estabelecidas, temendo consequências negativas para o crescimento econômico do país e a expectativa de redução dos juros. Essa visão foi amplamente divulgada em uma recente publicação da "Folha de São Paulo".

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Recentemente, o governo propôs postergar a obtenção de um superávit fiscal, optando por manter para 2025 a meta de 0% do PIB estabelecida para este ano, em vez de buscar o superávit de 0,5% previsto anteriormente para o próximo ano.

Líderes de grandes empresas nacionais compartilham um consenso sobre o impacto dos desafios fiscais na economia. Fábio Barbosa, presidente do Grupo Natura&Co, ressaltou a necessidade de o governo retomar discussões sobre reforma administrativa para melhorar a eficiência dos gastos públicos e aliviar a carga tributária. "Déficit fiscal não é um caminho sustentável para gerar crescimento e prosperidade," comentou Barbosa à "Folha de São Paulo".

Alexandre Ostrowiecki, presidente da Multilaser, expressou grande preocupação com as possíveis consequências do déficit fiscal, como o aumento da dívida pública, a inflação e a impressão de moeda, que podem minar a confiança dos investidores e afetar negativamente o mercado de trabalho. "Se as contas do governo não fecham, enfrentamos um cenário de aumento da dívida, impressão de moeda e inflação, que deprime a confiança no país," disse Ostrowiecki, destacando a necessidade de um compromisso maior com a eficiência estatal e a redução de gastos.

Sérgio Zimerman, fundador da rede Petz, apontou que o Brasil ainda possui alternativas para melhorar sua arrecadação sem prejudicar a competitividade, criticando a isenção de imposto de importação para compras de até 50 dólares em sites asiáticos, o que considera uma desvantagem para os comerciantes locais.

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