Inspeção em presídios mineiros levanta preocupações sobre circulação de droga letal

Ministério Público de Minas Gerais investiga mortes por overdose e discute medidas para conter avanço da "droga zumbi"

Por Plox

25/04/2024 07h52 - Atualizado há 8 dias

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conduziu uma inspeção detalhada em oito unidades prisionais na cidade de Ribeirão das Neves, nesta terça-feira (23 de abril), visando avaliar as condições gerais dos estabelecimentos e discutir problemas emergentes relacionados à segurança e saúde dos detentos. Essas unidades, que juntas abrigam aproximadamente 9.000 presos, são parte significativa do sistema carcerário do estado.

Foto: Videopress Produtora

Apesar de a inspeção não focar primariamente no consumo de substâncias ilícitas, o recente aumento de casos de morte por overdose atribuídas à droga K, popularmente conhecida como "droga zumbi", ganhou destaque durante as visitas. Esta droga sintética, notória por seus efeitos devastadores, tem sido um desafio emergente para as autoridades prisionais.

Durante as vistorias, as equipes do MPMG, juntamente com profissionais da Vigilância Sanitária Municipal, examinaram a conformidade das práticas de saúde nas prisões, incluindo o tratamento e filtragem, além de verificar a regularidade e a periodicidade das coletas de amostras e testagens.

A preocupação com o abuso da droga K foi discutida com os diretores das unidades prisionais. Em conjunto com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o MP analisa estratégias para impedir a entrada e o consumo dessa substância nas prisões. Tais estratégias incluem o endurecimento das medidas de segurança e a consulta a áreas técnicas para uma implementação eficaz em todo o sistema prisional mineiro.

Os incidentes com a droga zumbi e as subsequentes mortes em Ribeirão das Neves são parte de um problema mais amplo que também reflete um aumento da circulação dessa droga nas ruas, conforme indicam apreensões recentes em outros presídios do estado e investigações em curso sobre mortes por overdose.

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