Liberação condicional de Daniel Alves gera indignação

Ministra das Mulheres expressa descontentamento após estuprador pagar fiança milionária para obter liberdade

Por Plox

26/03/2024 07h14 - Atualizado há cerca de 1 mês

A Ministra da Mulher, Cida Gonçalves, manifestou-se contra a liberação condicional de Daniel Alves, que deixou a prisão em Barcelona após o pagamento de uma fiança milionária. O ex-jogador, condenado a quatro anos e meio por um crime de estupro cometido em dezembro de 2022, foi autorizado a sair do presídio de Brians 2, acompanhado de sua advogada, após depositar 1 milhão de euros, equivalente a cerca de R$ 5,4 milhões. Gonçalves, em suas declarações, enfatizou que tal quantia parece suficiente para garantir a liberdade de um criminoso já julgado e condenado, criticando duramente a vulnerabilidade da justiça diante do poder financeiro.

Reprodução/CNN

Condições da liberdade provisória
Apesar de sua liberdade, Alves enfrenta restrições significativas: a retenção de seus passaportes brasileiro e espanhol, a obrigação de comparecer semanalmente em juízo, a proibição de se aproximar ou comunicar com a vítima a menos de um quilômetro por um período de nove anos e seis meses, além da restrição de deixar a Espanha. Estas medidas foram impostas visando garantir que o ex-jogador permaneça disponível para as autoridades judiciárias enquanto aguarda os procedimentos legais subsequentes.

Reações e recurso legal
A decisão de conceder liberdade provisória a Alves provocou reações diversas, incluindo a da promotoria, que solicitou uma revisão judicial desta medida. A defesa do atleta e da vítima recorreram da sentença inicial, evidenciando a complexidade e a sensibilidade do caso perante a opinião pública e o sistema legal. Especulações sobre a origem dos fundos utilizados para o pagamento da fiança também circularam, com figuras públicas como o pai de Neymar Jr. negando envolvimento financeiro, apesar de admitir um empréstimo prévio por motivos não relacionados.

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