Ciberbullying afeta um sexto das crianças globalmente, revela pesquisa da OMS

Crescimento alarmante do cyberbullying entre jovens

Por Plox

27/03/2024 10h44 - Atualizado há cerca de 1 mês

Um estudo recente realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca uma estatística preocupante: um em cada seis jovens entre 11 e 15 anos foi vítima de cyberbullying em 2022. A pesquisa, que englobou a participação de 279 mil crianças e adolescentes de 44 países, incluindo nações da Europa, Ásia Central e Canadá, sinaliza para um crescente problema na interação social digital entre os mais jovens.

 

Foto: Pixabay/Reprodução

O aumento do assédio virtual e suas consequências

De acordo com Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, os resultados do estudo servem como um alerta urgente para a necessidade de combater todas as formas de assédio e violência, independentemente de onde ou quando ocorram. Em comparação com dados de 2018, houve um aumento no número de jovens que reportaram ter sofrido cyberbullying. A pesquisa anterior indicava que 13% das crianças na mesma faixa etária foram alvos de assédio online.

A pesquisa também destaca uma mudança significativa nas dinâmicas de interação entre os adolescentes, especialmente impulsionada pela pandemia de COVID-19. Durante os períodos de confinamento, o universo digital tornou-se o principal meio de comunicação entre os jovens, o que, segundo a OMS, contribuiu para o aumento das formas virtuais de violência.

Diferenças de gênero e a importância da regulação nas redes sociais

O estudo aponta que 15% dos meninos e 16% das meninas foram vítimas de cyberbullying nos últimos meses. Hans Kluge ressalta que, considerando o tempo que os jovens passam online, pequenas variações nas taxas de assédio podem ter impactos significativos na saúde mental e bem-estar de milhares de jovens.

Além disso, o relatório sugere que os picos de cyberbullying ocorrem aos 11 anos para meninos e 13 para meninas, sem grandes diferenças observadas em relação à classe socioeconômica dos pais. A OMS enfatiza a necessidade de maior monitoramento das diversas formas de violência e a regulamentação das redes sociais para limitar a exposição ao cyberbullying.

 

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