Operação de busca por policial revela sete corpos em locais clandestinos

Corpos são encontrados em cemitérios clandestinos, mas não pertencem ao soldado procurado

Por Plox

27/04/2024 12h06 - Atualizado há 18 dias

Durante uma operação intensa de 13 dias em busca do soldado desaparecido Luca Romano Angerami, de 21 anos, a Polícia Militar encontrou sete corpos em locais clandestinos e em um imóvel abandonado na região da Baixada Santista. Angerami está desaparecido desde o dia 14 de abril, e as autoridades continuam as buscas para localizá-lo.

Foto: Reprodução

Os corpos descobertos ainda estão sem identificação, mas a polícia já descartou que algum deles seja do soldado desaparecido. O Instituto Médico Legal (IML) está trabalhando na identificação das vítimas encontradas.

A maioria dos corpos foi achada em cemitérios clandestinos no município do Guarujá. Em um único dia, ossadas humanas pertencentes a um casal foram descobertas na Vila Baiana. Poucos dias depois, três corpos em avançado estado de decomposição foram encontrados na mesma região, após uma denúncia anônima. Outro corpo foi localizado anteriormente em um morro próximo à praia da Enseada.

Além disso, no primeiro dia de buscas, um corpo carbonizado foi encontrado dentro de um imóvel em São Vicente. Inicialmente, houve a suspeita de que poderia ser o corpo do policial desaparecido, mas essa hipótese foi rapidamente descartada.

As investigações são conduzidas por uma força-tarefa que inclui a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, conforme informado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) ao site UOL. A SSP também identificou um barraco no Guarujá onde Angerami teria sido mantido refém antes de seu desaparecimento.

 

O enigma do desaparecimento

O caso do desaparecimento de Angerami é tratado pela Polícia Civil como um possível homicídio. Dois dos cinco suspeitos detidos afirmam que o soldado foi assassinado. Um deles, em conversa via WhatsApp, revelou possível ligação com o grupo criminoso PCC e afirmou que o PM foi morto. Segundo Edivaldo Aragão, outro detido, o soldado teria sido baleado e jogado em um rio em São Vicente, com as pernas amarradas.

A família do policial desaparecido, que tem uma longa tradição na área de segurança pública, está desesperada por respostas. O pai de Angerami, que é investigador da Polícia Civil, fez apelos por áudio em grupos de WhatsApp de policiais, pedindo apoio nas buscas pelo filho.

Enquanto isso, a Polícia Civil investiga um carro, encontrado com um cobertor e terra, que poderia estar relacionado ao desaparecimento do soldado. Exames estão sendo realizados para verificar se há material genético de Angerami no veículo, o que poderia ajudar na coleta de DNA e avançar no caso.

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