Lula chama ação de Israel em Gaza de genocídio e condena expansão de assentamentos

Durante o encerramento da convenção nacional do PSB, realizado neste domingo (1º) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se posicionar com firmeza contra as ações militares de Israel na Faixa de Gaza. Ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, Lula classificou a ofensiva como um “genocídio” e afirmou que a própria população israelense não deseja essa guerra.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Enquanto lia uma nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, o presidente reforçou a crítica à ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Segundo o documento, essas ações unilaterais do governo israelense configuram uma situação equivalente à anexação de territórios palestinos e prejudicam a solução de dois Estados.

Durante sua fala, Lula destacou que os ataques contra civis ultrapassam qualquer alegação de defesa. Ele relembrou o bombardeio ocorrido no dia 24 de maio, que atingiu a Faixa de Gaza e resultou na morte de nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar. O marido dela e o único filho sobrevivente continuam internados em estado crítico.

Nas redes sociais, o presidente já havia se manifestado no domingo anterior (25), classificando o ataque como um ato “vergonhoso e covarde”. Para Lula, esse episódio é símbolo da “crueldade e desumanidade” de um conflito em que um Estado fortemente armado impõe sua força contra civis indefesos, atingindo especialmente mulheres e crianças.

A convenção também foi marcada pela oficialização de João Campos, prefeito de Recife, como novo presidente nacional do PSB. O evento contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, principal liderança do partido.