
O governo Lula enfrenta crescente desgaste político após a eleição na Venezuela, onde Nicolás Maduro foi proclamado vencedor em meio a denúncias de fraude. O presidente Lula afirmou ver "nada de anormal" no processo eleitoral, enquanto o PT classificou o pleito como democrático e soberano, gerando críticas tanto de adversários quanto de aliados.
Declarações de Lula e nota do PT alimentam controvérsias
As declarações de Lula sobre a normalidade do processo eleitoral na Venezuela e a nota do PT que considerou a eleição democrática causaram um aumento nas críticas. "Vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51% e teve outra pessoa que disse ter tido 40 e poucos por cento. Um concorda, outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz", afirmou Lula.
Divergências dentro do governo
A crise na Venezuela gerou desconforto dentro do governo brasileiro, principalmente devido à perseguição do regime de Maduro contra opositores. A avaliação do Centro Carter de que as eleições não foram democráticas intensificou o debate. Ministros e dirigentes partidários de legendas aliadas criticaram abertamente o regime venezuelano, como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que afirmou: "Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário".
Repercussões entre partidos aliados
Carlos Siqueira, presidente do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, classificou o regime de Maduro como "uma ditadura". O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, e o senador Paulo Paim também expressaram críticas ao governo venezuelano. O PSOL, embora ainda não tenha se manifestado oficialmente, indicou que a nota do PT não representa sua opinião, segundo um dirigente do partido.
Impacto na campanha eleitoral municipal
Com a proximidade das eleições municipais, o tema pode ser usado para atacar candidaturas de esquerda em todo o país. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, criticou Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, por seu silêncio sobre a situação na Venezuela. "O povo de São Paulo está vendo os valores que cada candidato defende. Calar-se sobre a ditadura de Maduro e sua invasão da democracia na Venezuela é inaceitável", afirmou Nunes.
Convocações e requerimentos no Congresso
Mesmo em recesso, senadores como Tereza Cristina e Ciro Nogueira apresentaram requerimentos para convocar Celso Amorim, assessor internacional de Lula, e o chanceler Mauro Vieira na Comissão de Relações Exteriores para discutir a situação na Venezuela. "Atiram na cabeça para matar Trump e Lula foi incapaz de dizer: atentado à democracia! Maduro frauda a eleição e reimplanta sua ditadura e Lula não condena. Lula virou porteiro das ditaduras", declarou Ciro Nogueira.
Reações e estratégias dentro do PT
A elaboração da nota do PT deixou evidentes as divisões internas. Gleisi Hoffmann, presidente do partido, e Gleide Andrade, tesoureira, decidiram redigir uma nota sucinta de felicitação a Maduro após reunião com Lula. O comunicado foi aprovado rapidamente pela cúpula petista, mas gerou reações diversas entre os integrantes do partido.
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