Política

Funcionária denuncia demissão por intolerância religiosa no PL do Piauí

Denise Xavier afirma ter sido chamada de “macumbeira” e acusa diretório do PL no Piauí de demissão por intolerância religiosa; Federação Umbandista do Brasil repudia ataques e cobra responsabilização

01/12/2025 às 19:19 por Redação Plox

Uma funcionária do PL do Piauí afirma ter sido demitida da legenda ligada a Jair Bolsonaro por intolerância religiosa. Segundo ela, colegas de partido a acusaram de ser “macumbeira” e de realizar despacho com terra de cemitério na sede da sigla.

Funcionária do PL no Piauí afirma ter sido demitida do partido de Jair Bolsonaro por motivo de intolerância religiosa

Funcionária do PL no Piauí afirma ter sido demitida do partido de Jair Bolsonaro por motivo de intolerância religiosa

Foto: Redes sociais


Federação umbandista repudia ataques e acusa intolerância

A Federação Umbandista do Brasil (Feubra) divulgou nota em que repudia com firmeza os atos praticados contra Denise Xavier, que ocupava o cargo de secretária-adjunta do PL no Piauí.

De acordo com a entidade, em mensagens de WhatsApp, Denise foi chamada de “macumbeira” de forma ofensiva e acusada, sem provas, de ter levado um despacho para a sede do partido. Também foi dito que seriam instaladas câmeras para verificar se ela estaria levando “terra de cemitério” ao local, o que a Feubra classifica como acusações preconceituosas e marcadas por estigmas contra religiões de matriz africana.

Entidade fala em violação à Constituição e pede responsabilização

A Feubra ressalta que a Umbanda é uma religião que deve receber respeito e proteção, e afirma que as condutas relatadas violam a Constituição e configuram intolerância religiosa.

Na nota, a federação exige que o diretório do PL no Piauí identifique e responsabilize os envolvidos nos ataques e manifesta solidariedade a Denise Xavier, reforçando o compromisso com a defesa da liberdade de fé e da dignidade de umbandistas em todo o país.

Contexto interno do partido e posição do PL-PI

O episódio ocorre em um partido cuja base é majoritariamente formada por evangélicos, incluindo figuras de destaque como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A coluna informa que tentou contato com o diretório do PL no Piauí, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

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