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Economia

Nova fórmula da gasolina reduz preço, mas exige mais paradas nos postos

Mistura com maior proporção de etanol anidro torna combustível mais barato, porém com rendimento menor; técnicos alertam motoristas sobre cuidados necessários

02/09/2025 às 12:02 por Redação Plox

Com a chegada de uma nova composição da gasolina aos postos brasileiros, motoristas devem se adaptar a mudanças que vão além do valor na bomba. A proporção de etanol anidro misturado ao combustível subiu de 27% para 30%, uma alteração que já gerou reflexos diretos no bolso do consumidor.


Imagem Foto: FREPIK

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, o litro da gasolina apresentou uma redução média de R$ 0,23 em agosto, conforme apontou o levantamento do site Mercado Mineiro. No entanto, apesar do alívio no preço, especialistas advertem: será necessário reabastecer com maior frequência. Isso porque o etanol, mesmo em menor quantidade, queima mais rápido que a gasolina pura, o que diminui a autonomia dos veículos.


Segundo o técnico eletromecânico Marlon Marçal, não há riscos mecânicos para veículos flex com essa nova fórmula. "Todos os carros flex fabricados no Brasil são projetados para funcionar com qualquer proporção entre gasolina e etanol", esclarece.
"O problema está no consumo: o motorista vai precisar abastecer mais vezes porque o etanol se dissipa mais rápido\

, completou.

Marçal também fez um alerta importante sobre a qualidade do combustível. Ele acredita que a fiscalização ainda é falha. “A ANP não acompanha isso de perto e o consumidor acaba à mercê dos postos. O mais seguro é usar gasolina comum e, se quiser, adicionar o aditivo por conta própria”, orienta. Entre os sinais de que o combustível pode estar adulterado, ele cita a luz de injeção acesa, perda de potência, falhas no motor e até vibrações no volante.


O impacto pode ser diferente para veículos mais antigos ou importados que utilizam exclusivamente gasolina, de acordo com o engenheiro mecânico e professor do CEFET-MG, Paulo Barbieri. Ele explica que, nesses casos, a nova composição pode prejudicar o funcionamento. “Para os carros flex, não há problema algum. Inclusive, pode haver um leve ganho de potência, já que o etanol tende a oferecer melhor desempenho. Mas os motores que rodam apenas com gasolina podem ser afetados negativamente”, ressaltou.


Para Barbieri, a medida governamental tem pontos positivos importantes. Além de reduzir o preço final ao consumidor, por utilizar um insumo de produção nacional e mais barato, a maior presença de etanol também colabora com o meio ambiente. “O etanol é um biocombustível e, portanto, polui menos”, avaliou.


Outro efeito da mudança foi tornar o abastecimento com etanol hidratado novamente mais vantajoso do ponto de vista financeiro em Belo Horizonte e nas cidades próximas. A nova proporção favoreceu a competitividade do etanol nos postos, ampliando as opções do consumidor na hora de escolher o combustível.


Para os motoristas, a recomendação é ficar atento tanto ao rendimento quanto à procedência do combustível escolhido, garantindo não só economia, mas também segurança e desempenho do veículo.


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