Alunas do Colégio Santo Agostinho sofrem com divulgação de nudes falsos

O Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, está enfrentando um sério caso de cyberbullying. Aproximadamente 25 alunas foram vitimadas pela criação e divulgação de imagens íntimas falsas, elaboradas por colegas utilizando inteligência artificial. Uma das mães das meninas afetadas revelou a indignação e o desespero que essas ações causaram.

A Sensação de Impunidade Predomina

Neste ambiente de ansiedade e tensão, a mãe de uma das estudantes afetadas expressou ao jornal "O Tempo" a sensação de impunidade que permeia o caso: "Eles sabem que é errado, são instruídos, mas parecem não temer". Esta mãe relatou que um dos alunos envolvidos teria dito que não seria punido "porque é branco e rico", refletindo uma perturbadora certeza de que sua posição social o protegeria de consequências.

A Luta por Justiça e Medidas Disciplinares

Diante do temor de que as imagens possam ser indevidamente utilizadas em plataformas de conteúdo adulto, os pais das meninas afetadas buscam justiça e uma solução que proteja o futuro de suas filhas. A mãe citada destaca a necessidade de as mulheres terem voz e de não se normalizar violações do corpo feminino.

A Resposta Institucional e Investigação em Andamento

As autoridades já estão em ação. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está conduzindo um inquérito sobre o caso. O delegado Marcus Vinícius Braga informou que as investigações estão em curso e que todos os envolvidos serão ouvidos. Paralelamente, o Colégio Santo Agostinho está apurando os fatos e tomando as medidas necessárias conforme o regimento escolar. Em comunicado, a direção da escola expressou solidariedade às vítimas e suas famílias e pediu paciência aos pais e responsáveis, enfatizando que as decisões devem ser tomadas com cautela e após análise criteriosa.