Extra

Datafolha: Maioria que condena megaoperação contra bandidos no Rio é eleitor de Lula

Pesquisa mostra que maioria dos eleitores de Bolsonaro aprova ação, enquanto apoiadores de Lula desaprovam; diferenças também aparecem por gênero e faixa etária.

02/11/2025 às 15:47 por Redação Plox

Uma recente pesquisa do Datafolha expôs a forte divisão política em torno da megaoperação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. O levantamento revela que a maioria dos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desaprova a ação, enquanto o apoio é elevado entre os que votaram em Jair Bolsonaro.

Arsenal confiscado na selva

Arsenal confiscado na selva

Foto: Reprodução

Polares opostos na aprovação

Segundo os dados, 67% dos eleitores de Lula em 2022 consideram que a operação não foi bem-sucedida, evidenciando a polarização nas opiniões sobre segurança pública. Em sentido inverso, 83% dos eleitores de Bolsonaro avaliaram positivamente a ação, sinalizando forte respaldo nesse grupo.

No total, 57% dos moradores do Rio de Janeiro e região metropolitana aprovaram a megaoperação, o que indica uma maioria favorável, apesar das desavenças partidárias.

Diferentes visões por segmentos sociais

A pesquisa, realizada por telefone com 626 eleitores entre 30 e 31 de outubro e margem de erro de quatro pontos percentuais, mostra que a avaliação crítica não se limita ao perfil político. Certos grupos também demonstraram opiniões divergentes em relação à média:

Mulheres: 47% aprovaram a operação, bem menos que os 68% de aprovação entre os homens.

Jovens: Entre os de 16 a 24 anos, a desaprovação alcançou 59%.

População preta: 43% dos autodeclarados pretos consideraram a operação como mal executada.

Opinião pública sobre estratégias de segurança

O estudo também aponta que a maioria rejeita a ideia de que “quem sempre morre em operação policial é bandido”. Para 73% dos entrevistados, essa afirmação não condiz com a realidade. Enquanto isso, 77% dizem acreditar que investigar crimes é mais importante do que simplesmente eliminar criminosos, sugerindo um desejo por estratégias mais focadas em apuração e justiça.

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a