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Política
Governo reafirma defesa do fim da jornada 6x1 e prioriza semana de quatro dias
Em reunião no Planalto com Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos, Executivo reage a parecer na Câmara, reforça apoio à PEC 8 de 2025 e tenta emplacar jornada máxima de 36 horas em quatro dias de trabalho e três de descanso
02/12/2025 às 22:30por Redação Plox
02/12/2025 às 22:30
— por Redação Plox
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O Governo do Brasil reforçou nesta terça-feira (2) a defesa pelo fim da jornada de trabalho no modelo 6x1, sem redução de salários. A posição foi consolidada em reunião de coordenação no Palácio do Planalto, que contou com a presença da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos.
Ministros e parlamentares confirmaram a posição do Governo do Brasil sobre o tema em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto
Foto: Gil Ferreira/SRI-PR
Após o encontro, ministros e parlamentares voltaram a ratificar a jornada de quatro dias de trabalho e três de descanso como prioridade na agenda do Planalto, em alinhamento com as propostas em discussão no Congresso.
Governo liga debate a qualidade de vida e lazer
Em entrevista coletiva, Gleisi Hoffmann afirmou que a mudança pretendida pelo governo vai além da simples redução do número de horas trabalhadas, defendendo que o novo modelo de jornada deve garantir melhores condições de vida aos trabalhadores.
Não adianta apenas reduzir a jornada. É necessário que os trabalhadores tenham tempo e condição de resolver seus problemas, aproveitar momentos de lazer e cuidar das suas famílias
Gleisi Hoffmann
Segundo a ministra, após a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até cinco mil reais, o fim da escala 6x1 representa mais um passo importante para ampliar direitos e bem-estar. Ela avaliou que, ao lado da política de isenção, a revisão da jornada ajuda a assegurar mais qualidade de vida à maioria das trabalhadoras e dos trabalhadores do país.
Parecer na Câmara frustra expectativa do Planalto
A reação do governo ocorre após a apresentação do parecer do deputado federal Luiz Gastão, relator da Subcomissão da Escala 6x1 na Câmara dos Deputados. O relatório propõe a redução da jornada semanal para 40 horas, mas mantém o regime de seis dias de trabalho e um de descanso, contrariando o eixo central da pauta defendida pelo Executivo.
A proposta surpreendeu integrantes do governo, que esperavam um avanço mais claro rumo à extinção da escala 6x1. Guilherme Boulos destacou que a posição do Planalto permanecerá firme no diálogo com o Congresso e com a sociedade, com foco na alteração do atual modelo de jornada.
De acordo com o ministro, a equipe foi pega de surpresa pelo teor do relatório da subcomissão e, por isso, pretende intensificar a atuação em diferentes frentes — no Parlamento, em espaços de participação social e nas ruas — para defender o fim da escala 6x1 sem corte salarial, tese que, segundo ele, aparece bem avaliada em pesquisas de opinião.
PEC propõe quatro dias de trabalho e três de descanso
No centro da discussão está a PEC 8 de 2025, que propõe a extinção da escala 6x1 e a criação de uma nova jornada, com quatro dias de trabalho e três dias de descanso, limitada a 36 horas semanais. O objetivo é medir os impactos da mudança na saúde dos trabalhadores, na qualidade de vida e nas relações sociais e familiares.
A subcomissão especial que analisa o tema na Câmara dos Deputados volta a se reunir nesta quarta-feira (3 de dezembro), às 9h, para discutir e votar propostas legislativas sobre a jornada. Depois dessa etapa, o texto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça, onde passará por nova análise.
O governo já indicou que pretende reforçar a articulação política em torno da PEC e pressionar por alterações no relatório apresentado, com o objetivo de construir maioria para uma mudança estrutural no modelo de jornada de trabalho em vigor no país.
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