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Política
Cobrado por Janja, Lula defende discurso mais duro contra violência de gênero e critica sistema penal
Em cerimônia na Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), presidente se emociona ao falar de agressões a mulheres, propõe movimento nacional de homens contra a violência e volta a atacar Lava Jato e narrativa de corrupção generalizada na Petrobras.
02/12/2025 às 15:48por Redação Plox
02/12/2025 às 15:48
— por Redação Plox
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BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ter sido cobrado pela primeira-dama, Janja da Silva, a adotar um discurso mais duro no enfrentamento à violência contra as mulheres. Segundo ele, a esposa chorou diversas vezes nos últimos dias ao se deparar com notícias recentes de agressões.
Após cobrança de Janja, Lula fez um discurso contundente sobre violência contra a mulher
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom Agência Brasil
“Eu acordei domingo para tomar café e, no café, a Janja começou a chorar. De noite, vendo Fantástico, Janja voltou a chorar. Ontem, voltou a chorar. Hoje, ela pediu no avião: Lula, assuma responsabilidade de uma luta mais dura contra violência do homem contra a mulher”, relatou o presidente.
Lula eleva tom contra violência de gênero
O discurso ocorreu durante cerimônia de ampliação da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), nesta terça-feira (2/12). Emocionado ao comentar casos recentes de agressões, Lula afirmou que “até a morte é suave” como punição para autores de violência contra mulheres e questionou a efetividade do sistema penal brasileiro nesses casos.
Ao falar sobre a legislação, o presidente criticou a possibilidade de agressores com recursos financeiros cumprirem penas mais brandas e voltarem a reincidir. Para ele, “não existe pena” capaz de fazer justiça diante da gravidade dos crimes cometidos contra mulheres.
Em um longo trecho dedicado ao tema, Lula defendeu a criação de um “movimento nacional dos homens” contra aqueles que agridem, maltratam e humilham mulheres, destacando que a mudança de comportamento passa pela educação dentro de casa e pela responsabilidade de cada homem em influenciar o outro.
O presidente também apelou para que homens em relações conflituosas optem pela separação, e não pela violência, ressaltando que nenhuma mulher é obrigada a permanecer em um relacionamento no qual não deseja estar.
Apelo por responsabilidade dos homens
Durante o pronunciamento, Lula insistiu na ideia de que a transformação das relações de gênero exige atuação direta dos homens. Segundo ele, cada um deve agir como educador dentro do próprio círculo social e familiar, orientando filhos, amigos e companheiros a não reproduzirem comportamentos violentos.
Ele reforçou que, diante de desentendimentos conjugais, a saída deve ser o fim da relação, e não a agressão física ou psicológica. Para o presidente, aprisionar a parceira ou tentar mantê-la à força ao seu lado é uma expressão de ignorância e desrespeito à liberdade individual.
Presidente volta a criticar Lava Jato e corrupção na Petrobras
No início do discurso, Lula também abordou os casos de corrupção na Petrobras revelados pela Operação Lava Jato, que levaram à condenação dele e de outras lideranças políticas por irregularidades em contratos da estatal. Anos depois, as sentenças foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apontou abusos nas investigações.
O presidente afirmou que a narrativa de corrupção generalizada na Petrobras foi construída pelos responsáveis pela operação, citando o ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro (União-PR) e o ex-procurador Deltan Dallagnol como integrantes desse processo.
Conseguiram criar como se fosse uma peste nas pessoas da Petrobras dizendo que havia corrupção. E a história vai provar que quem queria fazer corrupção era aqueles que diziam que tinha corrupção na Petrobras. Até pq a história nos ensina: se vc tem uma empresa e ela tem corrupção, você pune quem praticou a corrupção, mas não pune a empresa e nem os trabalhadores.Lula
Lula argumentou que, em casos de irregularidades em empresas, deve-se responsabilizar indivíduos que cometeram crimes, sem penalizar a companhia e seus trabalhadores como um todo.
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