Polícia

Marcos Valério, operador do 'Mensalão', é alvo do MP e PC em operação contra sonegação em atacadistas em MG

Operação Ambiente 186 apura suposto esquema que teria desviado mais de R$ 215 milhões em ICMS com uso de empresas de fachada, notas frias e manipulação contábil

02/12/2025 às 11:57 por Redação Plox

Uma megaoperação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investiga um suposto esquema milionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro que envolveria atacadistas, redes de supermercados e empresários do setor. Entre os alvos está o publicitário Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por atuar como operador do Mensalão.

O esquema envolveria a emissão de notas fiscais fictícias, a adulteração de registros contábeis e operações financeiras tidas como suspeitas

O esquema envolveria a emissão de notas fiscais fictícias, a adulteração de registros contábeis e operações financeiras tidas como suspeitas

Foto: Divulgação/ Agência Brasil



Batizada de Operação Ambiente 186, a ação foi deflagrada nesta quarta-feira (2), com cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversas cidades mineiras. Segundo as apurações, o grupo teria deixado de recolher mais de R$ 215 milhões em ICMS aos cofres públicos.


Esquema envolveria empresas de fachada e notas frias

De acordo com o MPMG, os investigados teriam constituído empresas de fachada para simular operações interestaduais e encobrir a verdadeira circulação das mercadorias. O esquema incluiria a emissão de notas fiscais falsas, manipulação de dados contábeis e movimentações financeiras consideradas suspeitas.


Esse método permitiria reduzir artificialmente os preços praticados, ampliando os lucros obtidos de forma ilegal e impactando diretamente a concorrência no setor. Após 18 meses de investigações, as autoridades apontam que os envolvidos se apropriavam de valores do imposto que deveria ser recolhido ao Estado, convertendo o montante em ganho próprio.

Foco agora é patrimônio e possível lavagem de dinheiro

As análises avançam agora sobre o patrimônio dos suspeitos e eventuais indícios de lavagem de dinheiro. A investigação segue em andamento, e ainda não há informações públicas sobre prisões ou sobre o número de pessoas e empresas que podem ser responsabilizadas.

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