Polícia

Operação mira funcionário da Caixa por fraude em empréstimos

Ação desta terça-feira (02/12) mira grupo que usava empresas de fachada para obter empréstimos ilegais na Caixa em Viamão (RS); PF cumpre cinco mandados, bloqueia contas e sequestra bens que somam R$ 4 milhões

02/12/2025 às 08:04 por Redação Plox

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (02/12), a Operação Avalop para desarticular um esquema de fraudes bancárias que atuava há meses na região metropolitana de Porto Alegre.


De acordo com a PF, a atuação do servidor público favorecia o esquema ao autorizar operações fraudulentas

De acordo com a PF, a atuação do servidor público favorecia o esquema ao autorizar operações fraudulentas

Foto: PF/Divulgação

De acordo com a investigação, o grupo utilizava empresas, muitas delas de fachada, para obter ilegalmente empréstimos e financiamentos junto a uma agência da Caixa Econômica Federal em Viamão (RS). Um servidor da própria agência é suspeito de integrar a organização criminosa.

Esquema usava empresas de fachada e servidor da Caixa

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul, Porto Alegre, Viamão, Gravataí e Cachoeirinha.

A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens dos investigados, totalizando R$ 4 milhões em cautelares patrimoniais.

Segundo a PF, a participação do funcionário público facilitava o esquema ao liberar operações fraudulentas, validar documentos irregulares e contornar mecanismos internos de segurança da instituição financeira.

O grupo movimentava valores expressivos ao simular capacidade financeira das empresas usadas no golpe, inflando artificialmente a imagem dessas companhias junto ao banco.

Atuação coordenada e divisão de tarefas

Ao longo da investigação, os agentes reuniram elementos que indicam uma atuação coordenada do grupo, com divisão clara de tarefas entre os envolvidos.

Havia captadores, responsáveis por atrair interessados e intermediar os negócios fraudulentos; integrantes encarregados da criação das empresas “fantasmas”; articuladores internos, que atuariam junto à agência bancária; e operadores responsáveis pelos saques e repasses dos valores obtidos ilicitamente.

Crimes investigados e possível responsabilização

Os investigados poderão responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa.

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a