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Para defensora, remoção de pessoas em situação de rua é ação ‘higienista’
Mesmo após decisão do Supremo que proíbe remoção forçada, levantamento aponta que municípios de 18 estados oferecem passagens e outras medidas para retirar pessoas em situação de rua; em BH, Câmara aprova em 1ª votação projeto para retorno à cidade de origem
02/12/2025 às 06:07por Redação Plox
02/12/2025 às 06:07
— por Redação Plox
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Prefeituras de diferentes estados brasileiros têm adotado práticas para retirar pessoas em situação de rua de suas cidades, entre elas o oferecimento de passagens de ônibus para outros municípios.
Registros em vídeo e relatos apontam medidas controversas para retirar pessoas em situação de rua das cidades
Foto: Reprodução/TV Globo
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal proibiu a remoção forçada, o recolhimento de pertences e o transporte compulsório para abrigos sem consentimento. Mesmo assim, um levantamento aponta que municípios de 18 estados já recorreram a medidas semelhantes, em aparente conflito com a decisão.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a Câmara Municipal aprovou, em primeira votação, um projeto que prevê o envio de pessoas em situação de rua de volta para suas cidades de origem.
Questionamentos sobre legalidade e princípios constitucionais
Para a defensora pública de direitos humanos Raquel Passos, esse tipo de iniciativa é ilegal e afronta a Constituição.
A princípio, ela parece ser uma medida higienista. É no sentido de organizar o espaço urbano, retirando as pessoas desse espaço urbano. Isso não pode, é inconstitucional.
Raquel Passos
Segundo Raquel, não é possível a um gestor público compreender, em poucas horas, os fatores que levaram alguém à situação de rua, o que torna a medida ainda mais problemática do ponto de vista dos direitos humanos.
Ela afirma que fornecer passagem no mesmo dia configura uma violação clara, por desconsiderar a complexidade das histórias e necessidades de cada pessoa.
Consequências para quem vive nas ruas
Enquanto autoridades discutem projetos e normas, quem vive nas ruas relata os efeitos diretos dessas políticas. Manoel dos Santos, de 57 anos, morador de Belo Horizonte, resume sua percepção sobre o envio de pessoas em situação de rua para outros municípios:
“Isso é enxugar gelo. Não resolve. É gastar dinheiro.”
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