EUA atinge recorde de 11,5 milhões de vagas abertas

Crescimento da economia americana faz com que o país tenha 1,9 vaga para cada desempregado

Por Plox

03/05/2022 14h50 - Atualizado há quase 2 anos

Os EUA encerraram o mês de março com 11,5 milhões de vagas abertas, conforme dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Departamento de Trabalho do país. É o maior número já registrado na história, indicando que a demanda por mão de obra continua crescendo mais do que a disponibilidade de profissionais no mercado.

No total, foram 6,7 milhões de contratações e 6,3 milhões de demissões, com um saldo positivo, portanto, de 400 mil novos empregos. Atualmente, a taxa de desemprego nos EUA é de 3,6% – uma das menores dos últimos 50 anos. O próximo dado será divulgado na sexta-feira (6).

“Os números indicam como a economia americana vem mantendo um forte ritmo de crescimento e se recuperando dos efeitos da pandemia. O desafio agora é encontrar maneiras de incluir mais pessoas na força de trabalho, em especial aquelas em idade economicamente ativa, e também os imigrantes. Somente assim, será possível dar conta da grande demanda por mão de obra”, analisa Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, escritório especializado em imigração de profissionais para os Estados Unidos.

Com os números divulgados hoje, os EUA chegam a 1,9 vaga de emprego para cada desempregado.

Setores que mais contratam

O segmento da economia que mais contratou em março foi o de serviços profissionais e empresariais, com 1,3 milhão de novas pessoas sendo empregadas. Ele é seguido pelos ramos de acomodação e serviços de alimentação (1 milhão), varejo (971 mil) e saúde e assistência social (774 mil).

Mesmo sendo as que mais contrataram, estas quatro áreas também são as que mais têm vagas abertas atualmente. Juntas, somam 6,92 milhões de oportunidades para serem preenchidas – 61% do total.

Recorde de pedidos de demissão

Os EUA vivem um fenômeno conhecido como a “Grande Demissão”, em que números elevados de trabalhadores têm pedido para sair de seus empregos. “Isso acontece porque há uma disputa acirrada por mão de obra, que por sua vez faz com que as pessoas consigam melhores oportunidades com mais frequência. Além disso, há uma nova maneira como os profissionais se relacionam com seus trabalhos, priorizando muito mais a vida pessoal. Não há mais aquele receio de ter vários empregos em um curto espaço de tempo ou períodos desempregado”, comenta Costa.

Em março, 4,5 milhões de americanos pediram demissão de seus empregos – o maior número da história e 3% superior ao dado de fevereiro.

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