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Família Coelho Diniz nega envolvimento de supermercados em operação contra sonegação de ICMS em MG
Nota da família afirma que Supermercados Coelho Diniz e investimentos no Grupo Pão de Açúcar não são alvos da Operação Ambiente 186, que apura esquema de sonegação e lavagem de dinheiro com prejuízo superior a R$ 215 milhões em Minas Gerais
03/12/2025 às 06:39por Redação Plox
03/12/2025 às 06:39
— por Redação Plox
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Nesta segunda-feira (2), a Família Coelho Diniz divulgou uma nota à imprensa após a operação conjunta deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais, Receita Estadual e forças de segurança do estado.
A empresa enfatizou que, até agora, não houve autuação fiscal nem constituição de crédito tributário contra ela
Foto: Divulgação
De acordo com o comunicado, o Supermercados Coelho Diniz não é alvo da investigação, assim como não são alvo os investimentos da família no Grupo Pão de Açúcar.
A HAF Distribuidor informou que ainda não teve acesso aos detalhes da operação, que resultou em medidas cautelares patrimoniais e em ações de busca e apreensão. A empresa ressaltou que não há autuação fiscal nem lançamento de crédito tributário contra ela até o momento.
Segundo o posicionamento divulgado, assim que tiver acesso aos autos, a HAF Distribuidor pretende apresentar todos os esclarecimentos necessários para demonstrar a regularidade de suas operações.
Operação Ambiente 186 mira fraude tributária em Minas
Um amplo esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, que teria provocado prejuízo superior a R$ 215 milhões aos cofres públicos de Minas Gerais, levou à deflagração da Operação Ambiente 186, nesta terça-feira (2). Além das ações de busca e apreensão, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens dos investigados, somando R$ 476 milhões.
Na mesma manhã, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no Centro-Oeste de Minas. As ordens judiciais tiveram como alvo sedes de empresas e residências de empresários e funcionários apontados como envolvidos nas supostas fraudes e na lavagem de capitais.
Durante as diligências, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos, documentos e outros elementos considerados relevantes para a investigação, além de veículos de luxo que teriam sido utilizados pela organização criminosa para lavar dinheiro. O CIRA também obteve a indisponibilidade de bens no valor de R$ 476 milhões.
Esquema com empresas de fachada e simulação de operações
As investigações, conduzidas ao longo de mais de 18 meses, apontam para um esquema complexo de fraude fiscal. Segundo as apurações, empresários dos setores atacadista e varejista teriam criado empresas de fachada com o objetivo de simular operações interestaduais e, assim, suprimir o pagamento de ICMS próprio e do ICMS devido por substituição tributária ao Estado de Minas Gerais.
Esse mecanismo permitiria reduzir artificialmente o custo das mercadorias, ampliando os ganhos ilícitos dos grupos investigados, distorcendo a concorrência e prejudicando empresas que atuam de forma regular e em conformidade com a legislação tributária.
De acordo com as estimativas apresentadas pelos órgãos de investigação, o prejuízo causado ao Estado ultrapassa R$ 215 milhões em ICMS. A prática de sonegação, além de favorecer o grupo suspeito em detrimento da sociedade mineira, resulta na supressão de recursos essenciais ao financiamento de políticas públicas e serviços básicos.
Força-tarefa e estrutura da Operação Ambiente 186
A Operação Ambiente 186 é coordenada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA-MG) e mobiliza uma força-tarefa formada por seis promotores de Justiça, três delegados de Polícia Civil, 58 auditores da Receita Estadual, dois auditores da Receita Federal, 65 policiais militares, 54 policiais civis, nove bombeiros militares e 15 servidores do Ministério Público.
18 anos do CIRA-MG e recuperação de ativos
Criado em maio de 2007, o CIRA-MG é apontado como uma iniciativa pioneira na articulação entre órgãos de controle e repressão, servindo de referência para estratégias semelhantes em outros estados. Ao longo de 18 anos, a atuação conjunta do comitê, do Ministério Público de Minas Gerais, da Receita Estadual, da Advocacia-Geral do Estado e das Polícias Civil e Militar resultou em investigações de fraudes estruturadas e na recuperação de ativos em larga escala.
De acordo com dados divulgados pelos órgãos envolvidos, já foram recuperados mais de R$ 16 bilhões em ativos ilícitos para os cofres públicos mineiros, reforçando o papel do CIRA-MG na defesa da ordem econômica e da livre concorrência.
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