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Economia
PIB do Brasil deve mostrar desaceleração no 3º trimestre de 2025, apontam projeções
Mercado prevê alta moderada entre 0,1% e 0,3%, abaixo do trimestre anterior, em meio a juros elevados, crédito mais seletivo e contraste entre otimismo do governo e cautela de analistas
03/12/2025 às 16:15por Redação Plox
03/12/2025 às 16:15
— por Redação Plox
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O IBGE divulga nesta quinta-feira (4/12) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre, em meio à expectativa de desaceleração do ritmo de crescimento em relação aos meses anteriores.
As projeções de mercado apontam para uma alta entre 0,1% e 0,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, abaixo da expansão de 0,4% registrada no segundo trimestre de 2025.
PIB pode perder ritmo de crescimento
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Na véspera da divulgação, o presidente Lula afirmou, em entrevista a um canal de TV do Ceará, que o país vive “um bom momento econômico” e pode entrar em 2026 com indicadores positivos, como mercado de trabalho aquecido, renda maior e inflação sob controle.
Economia em ritmo mais fraco no segundo semestre
Apesar do tom mais otimista do governo, analistas veem sinais claros de perda de fôlego na atividade ao longo do segundo semestre, com reflexos previstos para 2026.
Marco Ribeiro Noernberg, sócio e estrategista de renda variável da Manchester Investimentos, avalia que o consenso de mercado é de um crescimento em torno de 0,3% no terceiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior, indicando uma acomodação da economia. Segundo ele, o número mostra que o país continua em trajetória de expansão, mas já com uma dinâmica mais fraca, sobretudo em relação ao primeiro semestre.
Ele observa que o país opera hoje com nível de desemprego relativamente baixo, mas lembra que a taxa Selic se manteve durante todo o ano em patamar considerado muito elevado, na faixa de 15%. Na avaliação do estrategista, isso tem tornado o crédito mais seletivo e provocado episódios de estresse no segmento de crédito privado, o que reduz o ímpeto para um crescimento mais forte.
Nas projeções de Noernberg, o PIB deve encerrar 2025 com alta de 2,2%. Para 2026, ele espera um avanço menor, entre 1,7% e 1,8%. Em sua análise, o cenário é marcado por sinais mistos: de um lado, o governo tenta estimular o consumo por meio de gastos públicos; de outro, a combinação de Selic elevada e crédito restrito limita a expansão. O estrategista resume que os dados tendem a revelar uma economia que continua crescendo, mas em um ritmo mais fraco, e lembra que a eleição presidencial de 2026 adiciona incertezas ao quadro.
Relatórios de bancos apontam para estabilidade do PIB
Um relatório do banco Daycoval projeta estagnação da economia no terceiro trimestre. A instituição estima estabilidade (0,0%) na variação trimestral e crescimento de 1,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. Segundo a análise, caso esse cenário se confirme, o resultado reforçará a percepção de desaceleração da atividade no segundo semestre, em linha com o que já era esperado. Para 2025, o banco trabalha com alta de 2% do PIB, desacelerando para 1,8% em 2026.
Já Ricardo Chiumento, superintendente da Mesa de Derivativos do banco BS2, prevê crescimento nulo no último trimestre deste ano, com avanço acumulado em 12 meses de 2,5% na comparação ano contra ano. Em sua avaliação, o quarto trimestre deve ser sustentado, principalmente, pelo consumo das famílias, que permanece resiliente mesmo diante da taxa de juros mais alta desde 2015. Em contrapartida, a produção industrial vem sofrendo de forma mais intensa.
Agronegócio puxa o resultado no ano
Ao olhar o desempenho de 2025 como um todo, Chiumento destaca o agronegócio como principal motor do PIB. A expectativa é de que o setor encerre o ano com crescimento de 6%, o maior peso do agronegócio dentro do PIB em 22 anos, consolidando-o como um dos vetores mais relevantes da atividade econômica no país.
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