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Emprego
IBGE revela: renda no país varia mais que o dobro de um estado para outro
Rendimento chega a R$ 3.208, maior valor da série iniciada em 2012, porém diferenças entre regiões, gêneros, raças e cargos seguem elevadas, com homens ganhando 27,2% a mais que mulheres e brancos recebendo 65,9% a mais que pretos ou pardos por hora
03/12/2025 às 10:34por Redação Plox
03/12/2025 às 10:34
— por Redação Plox
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O rendimento médio de todas as fontes de renda dos brasileiros chegou a R$ 3.208 em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior valor já registrado na série histórica iniciada em 2012.
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O indicador é calculado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que reúne informações sobre rendimentos de todos os trabalhos e de outras fontes.
Há 12 anos, a renda média era de R$ 2.935. Desde então, o avanço acumulado foi de 9,3%, mesmo com as oscilações provocadas por crises econômicas e pelos efeitos da pandemia.
Evolução da renda e impacto da pandemia
Entre 2012 e 2014, houve alta consistente, com o rendimento médio alcançando R$ 3.123. Em seguida, o país entrou em recessão e, em 2017, a média recuou para R$ 2.997.
Em 2020, o valor voltou a subir, chegando a R$ 3.152, mas caiu novamente em 2022, para R$ 2.888, em meio aos impactos da pandemia.
A recuperação começou em 2023, quando a renda média chegou a R$ 3.094, até atingir o recorde atual, em 2024, impulsionada pela retomada econômica e por reajustes salariais.
O rendimento médio considera tudo o que a pessoa recebe no mês: salários de todos os trabalhos e outras fontes, como aposentadorias, pensões, aluguéis, benefícios sociais, aplicações financeiras e doações. É a soma de todas essas entradas que compõe o indicador divulgado pelo IBGE.
Desigualdades entre estados e concentração de renda
Apesar do recorde, a média nacional esconde a heterogeneidade do país. As diferenças entre os estados são significativas.
O Distrito Federal lidera o ranking, com rendimento médio de R$ 5.037, seguido por São Paulo, com R$ 3.884. Na outra ponta, Maranhão (R$ 2.051) e Ceará (R$ 2.053) registram os menores valores do país.
Na prática, um trabalhador no Distrito Federal ganha, em média, mais que o dobro de um trabalhador no Maranhão.
Essa disparidade está relacionada à forte presença do funcionalismo público no Distrito Federal e à concentração, em São Paulo, de setores de alta remuneração, como finanças e gestão.
Diferenças por gênero e raça
As desigualdades não se limitam ao território. Em 2024, as distâncias entre grupos da população permanecem marcantes.
Homens receberam, em média, 27,2% mais do que mulheres. Pessoas brancas ganharam 65,9% mais que pessoas pretas ou pardas por rendimento hora.
Entre quem tem nível superior completo, a diferença também é expressiva: a renda de pessoas brancas supera em 44,6% a de pretos ou pardos.
De acordo com a nova edição da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), mesmo com recorde de ocupação em 2024 — 101,3 milhões de pessoas trabalhando —, mulheres e homens seguem vivendo realidades muito diferentes no mercado de trabalho.
A distância entre a proporção de mulheres e homens ocupados permanece praticamente estável desde 2012. Em 2024, apenas 49,1% das mulheres estavam empregadas, mesmo com maior escolaridade. Entre os homens, o índice chegou a 68,8%.
Mulheres trabalham mais e ganham menos
Quando conseguem emprego, as mulheres também recebem menos. Em 2024, o rendimento médio feminino correspondeu a 78,6% do rendimento dos homens.
Em setores como serviços e comércio, a distância se amplia: mulheres chegam a receber apenas 63,8% do salário masculino.
Hierarquia dos cargos e diferença salarial
A pesquisa analisou ainda os rendimentos por grupos ocupacionais e revelou um quadro de forte desigualdade na estrutura de cargos do mercado de trabalho brasileiro.
No topo da hierarquia estão diretores e gerentes, com rendimento médio de R$ 8.721 mensais. Essas funções concentram atribuições estratégicas e de liderança, geralmente em grandes empresas e no setor público.
Na sequência aparecem membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares, com média de R$ 6.749, e profissionais das ciências e intelectuais, com renda em torno de R$ 6.558. São ocupações que exigem alta qualificação ou oferecem maior estabilidade, fatores associados a salários mais elevados.
Os técnicos e profissionais de nível médio registram rendimento médio de R$ 4.148, cerca de 29% acima da média nacional. Esse grupo reúne ocupações intermediárias, importantes em áreas como saúde, educação e tecnologia.
Profissões na base da pirâmide
Na base da pirâmide estão as ocupações com menor exigência de qualificação. As chamadas ocupações elementares têm rendimento médio de R$ 1.454, menos da metade da renda média do país.
Entre os grupos intermediários, ainda abaixo da média nacional, estão trabalhadores dos serviços e vendedores do comércio (R$ 2.393), operadores de instalações e máquinas (R$ 2.657) e trabalhadores qualificados da agropecuária (R$ 2.250).
O retrato traçado pelos dados mostra um mercado de trabalho que combina recorde de renda média com desigualdades persistentes entre regiões, gêneros, raças e ocupações.
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