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Polícia
Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, é preso em operação da PF por suposto vazamento de dados sigilosos
Operação Unha e Carne levou à prisão do deputado Rodrigo Bacellar, suspeito de vazar informações da Operação Zargun, que mira rede ligada ao crime organizado e a esquemas de corrupção com facções, agentes públicos e policiais no Rio
03/12/2025 às 11:45por Redação Plox
03/12/2025 às 11:45
— por Redação Plox
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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na
Operação Unha e Carne. Segundo a PF, ele é suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que resultou na prisão do então deputado estadual TH Joias.
Agentes foram às ruas para cumprir um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
Foto: Divulgação / Alerj.
De acordo com a Polícia Federal, a atuação de agentes públicos no vazamento de dados reservados teria atrapalhado diretamente as investigações da Operação Zargun, voltada contra uma rede ligada ao crime organizado no Rio.
Os agentes cumprem 1 mandado de prisão preventiva e 8 mandados de busca e apreensão, além de 1 mandado de intimação para aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Operação está ligada a decisão do STF sobre violência nas favelas
A ação desta quarta-feira ocorre no contexto da decisão do STF no julgamento da ADPF das Favelas, que determinou que a PF conduzisse investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos.
Segundo as autoridades, a Operação Unha e Carne mira justamente possíveis vínculos entre integrantes de organizações criminosas e representantes do poder público, com foco no suposto vazamento de informações da Operação Zargun.
Quem é TH Joias e por que ele foi preso
Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi preso em 3 de setembro por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de negociar armas e acessórios para o Comando Vermelho (CV) e de usar o mandato de deputado estadual para favorecer a facção.
Na época, TH Joias foi alvo de duas operações simultâneas, fruto de investigações convergentes. Uma delas cumpriu mandados expedidos pelo Tribunal Regional Federal, e a outra, pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
A PF afirma ter identificado um esquema de corrupção que envolvia a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes políticos e públicos. Já para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), TH teria utilizado o cargo para beneficiar o Comando Vermelho, inclusive nomeando comparsas para funções na Alerj.
Operação Zargun mirou estrutura financeira e armada do grupo
Pela Operação Zargun — cujo suposto vazamento motivou a ação desta quarta-feira —, a PF saiu para cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, além do sequestro de bens que somam R$ 40 milhões, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF, em parceria com o Ministério Público Federal.
As apurações apontaram um esquema de corrupção envolvendo TH, chefes do Comando Vermelho e outros agentes públicos, entre eles um delegado da PF, policiais militares e ex-secretários.
Nesse contexto, a PF descreveu que a organização se infiltrava na administração pública para garantir impunidade e acesso a informações sigilosas, além de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos até para facções rivais.
Os investigados devem responder por organização criminosa, tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Processo na Justiça estadual e Operação Bandeirante
Em outra frente, a Operação Bandeirante levou a Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ a denunciar TH Joias e mais quatro pessoas por associação para o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito.
Segundo a denúncia, os acusados mantinham vínculos estáveis com o Comando Vermelho, atuando nos complexos da Maré e do Alemão e em Parada de Lucas.
O grupo é apontado por intermediar a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones usados para dificultar operações policiais em áreas controladas pela facção, além de movimentar grandes quantias em dinheiro vivo para financiar as atividades criminosas.
A ação penal proposta pelo procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, resultou na expedição, pelo Órgão Especial do TJRJ, de 4 mandados de prisão e 5 de busca e apreensão, cumpridos em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia e Copacabana.
Força-tarefa contra o crime organizado no Rio
A operação desta quarta-feira é uma iniciativa da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Rio de Janeiro (Ficco/RJ), que reúne a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro.
A articulação entre esses órgãos busca desmontar redes criminosas que combinam poder econômico, influência política e domínio territorial, com foco em crimes como tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro.
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