Minas Gerais enfrenta surto de arboviroses com alta significativa em casos e mortes

A epidemia de dengue em Minas Gerais atinge níveis alarmantes, com um aumento de 529% nas mortes registradas em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nos últimos quatro dias, foram notificadas 11 novas mortes pela doença, elevando o total para 44 óbitos apenas em 2024. Esta marca supera significativamente as sete mortes confirmadas até 6 de março de 2023, refletindo a gravidade da situação atual no estado. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou esses dados em seu painel de monitoramento, que ainda pode sofrer alterações nos próximos 60 dias.

O número de casos confirmados de dengue também disparou, alcançando 144.319, com outros 406.999 em investigação. Esse volume é sete vezes maior do que os pouco mais de 19 mil diagnósticos positivos registrados no ano passado. Além disso, foram registradas duas novas mortes por chikungunya, totalizando nove óbitos confirmados e 26.621 casos da doença. Em comparação, até 6 de março de 2023, Minas Gerais não havia confirmado nenhuma morte por chikungunya, e o número de casos estava em 5.705.

Para zika, o balanço atual indica cinco casos confirmados e 67 prováveis, sem mortes registradas até o momento. No mesmo período de 2023, havia três casos confirmados da doença.

Diante do aumento expressivo dos casos de dengue e chikungunya, o governador Romeu Zema (Novo) decretou situação de emergência em saúde pública em 27 de janeiro, com validade de 180 dias. O decreto autoriza a adoção de medidas administrativas e assistenciais necessárias para enfrentar a crise, incluindo a aquisição de insumos e materiais essenciais.

Entre as cidades de Minas Gerais mais afetadas, destacam-se Belo Horizonte, com 11 mortes por dengue, seguida por outras localidades que também registraram óbitos, demonstrando a abrangência e gravidade da situação no estado.