No gabinete de Lula: Conexão humana em primeiro lugar, celulares na portaria

Em uma transmissão ao vivo, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou sua preocupação em relação ao papel da tecnologia no cotidiano das pessoas e o crescente individualismo que a acompanha. Durante o programa “Conversa com o Presidente”, transmitido na terça-feira, 4 de julho, Lula deu destaque à sua postura em relação ao uso de celulares durante reuniões e audiências em seu gabinete no Palácio do Planalto.

Celulares Barrados no Gabinete Presidencial

"No meu gabinete da presidência, ninguém entra com telefone celular", afirmou Lula durante a transmissão. Ele enfatizou que os celulares dos visitantes ficam na portaria e não são permitidos em suas reuniões. Segundo o presidente, a medida visa evitar que convidados fiquem distraídos em conversas telefônicas com outros indivíduos, em vez de se concentrarem na audiência ou reunião em andamento.

Luta Contra a Dependência Digital

Além de sua política estrita em relação aos celulares no gabinete, Lula revelou um compromisso pessoal para evitar a dependência em tecnologia. Ele compartilhou que não sente necessidade de estar constantemente atualizado com as últimas notícias e prefere se informar quando chega ao trabalho às 8h. “Graças a Deus esse é um processo forte de educação. Eu me eduquei para não ficar dependente digital”, afirmou Lula.

O presidente também destacou sua preferência por meios de comunicação mais pessoais, como fazer ligações telefônicas, em vez de enviar e-mails ou mensagens via WhatsApp.

Qualidade de Vida Sem o Celular Como Protagonista

Para Lula, a vida não deve girar em torno do celular. Ele ressaltou que não usa o aparelho durante as refeições, e não o considera um acessório indispensável em todos os momentos de sua rotina. “Não sou refém do celular, não almoço com celular, não janto com celular, não tomo banho com celular. Quando quero ligar, peço às pessoas para ligar. Tem gente que é doente, só tem duas orelhas e anda com 3 ou 4 celulares”, acrescentou o presidente.

Essas declarações refletem uma postura consciente do presidente Lula em relação ao equilíbrio entre tecnologia e interação humana, tanto em um ambiente de trabalho oficial, como o Palácio do Planalto, quanto em sua vida pessoal.