Polícia não descarta erro humano em acidente que matou Marília Mendonça

Um ano após a morte da cantora Marília Mendonça, a polícia ainda não concluiu a investigação sobre o acidente, mas as investigações não descartam falha humana no dia. A conclusão depende de um fechamento do laudo técnico da aeronave.

Em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), a polícia disse que o piloto pode ter feito uma manobra fora do padrão. "Quando ele sai da rede de proteção do Notam, documento que orienta obstáculos e alterações nas operações aéreas, qualquer manobra é de responsabilidade do piloto", afirmou o delegado Ivan Lopes Sales, responsável pela investigação.

Ainda conforme o delegado, isso só vai ser confirmado quando o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluir se houve problema na aeronave. "Se descartado qualquer falha de motores, a gente consegue caminhar para a conclusão de uma falha humana"

Morte da cantora

No dia 5 de novembro do ano passado, o avião de Marília caiu em uma cachoeira na Serra da Piedade, em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais. O local da queda fica na área da pousada Rodrigo Godinho, zona rural da cidade. Cinco pessoas morreram, entre elas, a cantora sertaneja Marília Mendonça.

Além da artista, estavam um assessor, um produtor, o piloto e copiloto. A informação foi confirmada pela assessoria de Mendonça. Marília estava com um show marcado para esta sexta-feira (5) em Caratinga. 

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas por volta das 15h30 e, segundo a corporação na época, havia “um forte odor de combustível no local, mas não apresentava chamas nem risco de submersão da aeronave”. Um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também esteve na ocorrência. O avião era um bimotor Beech Aircraft.