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Política
TRE-SP mantém inelegibilidade de Pablo Marçal por uso irregular de comunicação digital
Tribunal confirma condenação por oito anos, multa de R$ 420 mil e impede empresário de disputar eleições até 2026, após "campeonatos de cortes" com prêmios em dinheiro ligados à campanha em São Paulo
04/12/2025 às 23:11por Redação Plox
04/12/2025 às 23:11
— por Redação Plox
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Pablo Marçal teve a inelegibilidade confirmada em segunda instância pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e está impedido de disputar as eleições de 2026. A corte manteve, nesta quinta-feira (4), a condenação que o afasta das urnas por oito anos por uso considerado irregular de comunicação digital durante a campanha de 2024, quando concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB.
TRE-SP mantém condenação de Pablo Marçal, que continua barrado de disputar as eleições municipais por uso de estratégia considerada ilegal
Foto: .Divulgação
Estratégia digital com prêmios foi considerada ilegal
De acordo com o TRE-SP, Marçal adotou uma estratégia de “campeonatos de cortes”, oferecendo prêmios e incentivos financeiros para quem produzisse e compartilhasse conteúdos em vídeo com hashtag ligada à sua candidatura.
Para os magistrados, essa prática configura uso indevido dos meios de comunicação, uma vez que envolve a remuneração de pessoas físicas para impulsionar propaganda eleitoral na internet, o que é vedado pela legislação eleitoral.
Multa de R$ 420 mil é mantida
A decisão também manteve a multa de R$ 420 mil aplicada ao empresário pelo descumprimento de determinações judiciais ao longo da campanha.
Parte das acusações por abuso de poder econômico e irregularidades em gastos foi derrubada, mas prevaleceu o entendimento de que houve violação das regras eleitorais relacionadas à comunicação digital.
Lei da Ficha Limpa e possibilidade de recurso
Com a confirmação da condenação em segunda instância, Marçal se torna inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, ficando impedido de disputar as próximas eleições, incluindo o pleito municipal de 2026.
A defesa ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão.
Reações e outros processos em andamento
Um dos partidos autores das ações, o PSB, afirmou em nota que a decisão do TRE-SP reforça a proteção da transparência do processo eleitoral e o compromisso com eleições consideradas justas. A reportagem não obteve resposta de Pablo Marçal até a publicação da matéria.
Além deste caso, o empresário responde a outros processos no TRE-SP. Em novembro, ele conseguiu reverter uma condenação relacionada a suposta venda de apoio político por meio de transferências via Pix. Outro processo, também ligado ao uso irregular de comunicação digital, segue pendente de julgamento.
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