Felipe Neto revela que 'pré-candidatura' à Presidência era ação de marketing

A suposta pré-candidatura de Felipe Neto à Presidência da República não passou de uma ação de marketing cuidadosamente planejada. O influenciador digital admitiu nesta sexta-feira (4) que sua intenção nunca foi ingressar na política, mas sim promover a versão em áudio do livro '1984', de George Orwell.

Foto: Reprodução

O anúncio foi feito por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual Felipe explicou que a estratégia buscava atrair atenção para os temas abordados na obra. Publicado em 1949, o romance retrata uma sociedade controlada por um regime totalitário, onde a manipulação da informação e a vigilância constante fazem parte da rotina dos cidadãos.

Durante a gravação, o influenciador utilizou trechos literais do livro para reforçar a conexão entre o conteúdo da obra e a sua encenação. Muitos internautas logo perceberam as referências e associaram a narrativa do vídeo com os elementos distópicos presentes em '1984'.

Na quinta-feira (3), Felipe havia afirmado que pretendia se lançar como pré-candidato nas eleições de 2026, dizendo estar preparado por dominar as redes sociais e por desejar se tornar um “guardião da verdade”. A declaração gerou polêmica e foi recebida com desconfiança por parte do público, que agora entende que tudo fazia parte de uma ação publicitária.

Segundo o próprio Felipe, o afastamento recente dos debates políticos também foi proposital. Ele explicou que essa pausa teve como objetivo observar o cenário nacional com mais distanciamento, de forma a fortalecer a mensagem central da campanha: a importância do pensamento crítico diante das informações que consumimos diariamente.

“É óbvio que eu não vou me candidatar a coisa alguma. O que eu queria era chamar sua atenção”, declarou Felipe Neto no vídeo, encerrando de forma direta a encenação política que movimentou as redes nos últimos dias.

A ação, apesar de controversa, cumpriu seu propósito ao colocar em evidência tanto o audiolivro quanto os debates sobre manipulação midiática, vigilância e liberdade — temas centrais de '1984'.