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Saúde

Vacina contra câncer de intestino representa avanço significativo, dizem especialistas

Tecnologia de mRNA mostra eficácia e pode revolucionar tratamento de câncer

05/06/2024 às 13:32 por Redação Plox

Nesta semana, um estudo desenvolvido no Reino Unido trouxe nova esperança para pacientes diagnosticados com câncer de intestino, uma das formas mais prevalentes da doença no mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 44 mil novos casos anuais de câncer de intestino entre 2023 e 2025, com 70% desses diagnósticos concentrados nas regiões Sudeste e Sul.

O estudo clínico britânico utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), semelhante à usada nas vacinas contra a Covid-19, mostrando-se eficaz em tratamentos que prometem revolucionar o combate ao câncer. A pesquisa avaliou a resposta de um imunizante personalizado aplicado ao professor universitário Elliot Phebve, de 55 anos. Diagnosticado com câncer colorretal em 2023, ele passou por cirurgia e quimioterapia antes de se tornar o primeiro paciente a receber a vacina personalizada para evitar a recorrência do tumor.

Avanços na oncologia

Alexandre Jácome, líder nacional da especialidade tumores gastrointestinais da Oncoclínicas, destaca a importância dessa inovação. “Esse tipo de medicação criada de forma individualizada para cada indivíduo tem por objetivo criar uma ‘memória’ imunológica que pode prevenir o retorno do câncer após a cirurgia ou quimioterapia. Estamos falando de tratamentos que são menos invasivos e potencialmente mais eficazes, o que pode transformar a jornada de muitos pacientes”, afirma.

O oncologista explica que, apesar dos resultados promissores, a vacina ainda está em fase de testes e precisa passar pelo processo de aprovação dos órgãos reguladores antes de estar disponível ao público. A utilização da resposta imunológica do paciente para combater o câncer traz uma nova perspectiva para o futuro dos tratamentos oncológicos.

Expansão dos estudos

Os pesquisadores esperam expandir o estudo dessa modalidade de imunoterapia para tratar outros tipos de câncer, como os de pâncreas e pulmão. “Há inúmeras estratégias em desenvolvimento no mundo envolvendo vacinas contra vários tipos de câncer, tanto em doenças localizadas como em doenças avançadas, que têm por objetivo estimular o sistema imunológico a reagir contra proteínas que estão presentes em células cancerígenas e, consequentemente, eliminá-las. São estratégias extremamente promissoras, mas é fundamental destacar que são experimentais, sendo necessários mais dados e estudos antes de aplicarmos em nossa prática clínica,” destaca Alexandre Jácome.

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