Trânsito na BR-381 fica lento após carreta que seguia sentido Ipatinga atravessar pista em João Monlevade

Um acidente envolvendo uma carreta na BR-381, na altura de João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, deixou o trânsito lento em ambos os sentidos na manhã deste sábado (5). Ela seguia sentido Ipatinga, no Vale do Aço.

Em imagens publicadas nas redes sociais, é possível ver o veículo uma manobra chamada de efeito canivete, mais popularmente conhecido como “fazer o L”. Basicamente, é quando o implemento ou carreta sai de lado e pode chegar a colidir com o próprio cavalo mecânico (cabine).
Nossa reportagem tentou entrar em contato com o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Monlevade, no entanto, as solicitações ainda não foram respondidas.
BR-381 tem média de 51 acidentes e 5 mortes por mês em 2023
Chamada de "Rodovia da Morte", a BR-381 continua a cobrar um preço alto em vidas humanas devido à combinação de curvas perigosas, fluxo pesado de veículos e comportamento imprudente dos motoristas. Somente no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, na região do Rio Doce, foram registrados 51 acidentes mensais e uma média de cinco mortes por mês no primeiro semestre deste ano, resultando em aproximadamente dois feridos diariamente neste trajeto.

Segundo a PRF, o primeiro semestre deste ano registrou a perda de 32 vidas no trecho, com um total de 308 acidentes e 445 pessoas feridas. Em comparação ao ano anterior, já se registra mais da metade do total de acidentes de 2022, quando foram contabilizados 500 acidentes, 611 vítimas e 50 mortes.

Privatização como caminho para a segurança

A chave para reverter esse cenário trágico pode estar na privatização da estrada. O leilão está marcado para 24 de novembro deste ano. O edital prevê uma concessão de 30 anos, incluindo um investimento de R$ 10 bilhões para aprimoramentos como a recuperação e a requalificação do pavimento, a melhoria da sinalização vertical e horizontal, a duplicação de 134 km da rodovia e a correção de 152 traçados.

Porém, as obras só devem começar a partir do segundo ano da concessão, prolongando-se até o oitavo. Durante o primeiro ano (2024), serão realizados trabalhos iniciais para garantir condições mínimas de segurança e trafegabilidade, incluindo o reforço na sinalização. Por outro lado, as melhorias vão impactar no bolso dos motoristas, que poderão enfrentar um custo extra entre R$ 55 e R$ 80 devido às cinco praças de pedágio que serão instaladas ao longo do trecho, custando entre R$ 11 e R$ 16 cada. Essas praças serão localizadas em Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares, com tarifas diferenciadas para pista simples e dupla.

A modernização do trecho inclui uma série de melhorias e implementações, como duplicações, faixas adicionais, correções de traçado, passagens de fauna, interseções e implementações tecnológicas. Entre as inovações, estão previstas a implantação de um Centro de Controle Operacional, cobertura completa de câmeras, Sistema de Detecção Automática de Incidentes, iluminação em LED e um aplicativo para chamadas de emergência.