São Paulo deve encerrar 2025 ultrapassando a marca de 700 novos condomínios construídos pelo quarto ano seguido, segundo projeção da plataforma Data Lello, especializada em monitorar o mercado de implantação de prédios residenciais na cidade.

O levantamento aponta que até junho foram registrados 268 novos condomínios, com a expectativa de outros 440 empreendimentos até o fim do ano, totalizando 708 entregas. A expansão pode gerar cerca de 4,2 mil empregos diretos e movimentar aproximadamente R$ 57 milhões por mês em cotas condominiais na capital.

Mercado imobiliário segue em ritmo acelerado

Desde 2022, São Paulo se mantém acima da marca de 700 novos condomínios lançados por ano: foram 766 em 2022, 751 em 2023, e 741 em 2024. O mercado demonstra fôlego consistente mesmo diante de oscilações econômicas.

Atualmente, o município soma cerca de 32 mil empreendimentos, de acordo com o Mapa dos Condomínios divulgado pelo Data Lello no primeiro trimestre deste ano.

Aumento nos custos para o morador

O levantamento aponta que os paulistanos estão pagando, em média, R$ 983 mensais em despesas de condomínio – valor cerca de 18% maior que o de 2022, quando a média era de R$ 832. Em um ano, os custos somam quase R$ 12 mil para cada proprietário.

Perfil dos novos empreendimentos

Entre os condomínios que devem ser entregues em 2025, se destaca a predominância dos apartamentos compactos, que correspondem a 24,5% dos lançamentos.Outros dados mostram diversidade: aproximadamente 21% das novas unidades fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, enquanto 13% se enquadram nas categorias de luxo e superluxo. Empreendimentos de médio padrão e médio baixo também compõem parte relevante do mercado.

A Zona Leste lidera a concentração dos novos condomínios, com 29,1% do total previsto para o ano, seguida pela Zona Oeste, com 28,4%. Na sequência estão a Zona Sul (24,6%), a Zona Norte (12,7%) e a Região Central (5,2%).

Números em perspectiva histórica

O volume de lançamentos tem crescido de forma consistente nos últimos anos. Em 2019, foram contabilizados 472 novos condomínios. O número saltou para 589 em 2020 e chegou a 640 em 2021. De 2022 em diante, o setor consolidou o recorde anual acima de 700 empreendimentos.

Fatores que impulsionaram os lançamentos

Durante a pandemia, a redução da taxa básica de juros para 2% ao ano, o menor patamar já registrado no país, contribuiu fortemente para o crescimento do mercado. Neste período, São Paulo atingiu outro recorde, com a venda de 47 mil imóveis entre 2020 e 2021.

Já em 2023, a cidade passou por uma importante revisão do Plano Diretor. O texto, sancionado pela prefeitura, manteve a permissão para a verticalização do entorno do transporte público e ampliou o potencial construtivo nos chamados miolos dos bairros, movimento que recebeu críticas de urbanistas.