A vaquinha online criada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para ajudar as famílias de policiais mortos em uma operação no Rio de Janeiro ultrapassou a meta inicial e arrecadou mais de R$ 1 milhão em pouco mais de 24 horas.

Meta superada em poucas horas após intensa mobilização

A campanha foi lançada para beneficiar as famílias de Marcus Vinícius Cardoso, Rodrigo Cabral, Heber Fonseca e Cleiton Gonçalves, os quatro policiais mortos em uma megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. A iniciativa inicialmente buscava levantar R$ 400 mil, mas rapidamente superou esse objetivo graças à mobilização nas redes e mais de 15 mil contribuições pelo site, segundo a plataforma responsável.

De acordo com Flávio Bolsonaro, o objetivo da vaquinha é oferecer suporte financeiro imediato aos familiares dos agentes mortos durante o confronto. A operação policial resultou na morte de 120 pessoas, incluindo os quatro policiais homenageados na campanha.

Senador pede repasse integral das doações

Após o sucesso da arrecadação, Flávio anunciou que solicitou à empresa responsável pela vaquinha a isenção da taxa administrativa, de modo que todo o valor doado seja entregue às famílias das vítimas. O senador afirmou que os recursos serão repassados assim que a plataforma concluir a auditoria das doações.

Tão logo a plataforma termine a auditoria das doações, entregaremos o dinheiro às famílias dos nossos heróis tombados. Esse valor não é uma compensação pela perda — a queda desses policiais é irreparável para as suas famílias, e nada no mundo seria suficiente. Ainda assim, espero que esses recursos ajudem neste momento de dor e luto — Flávio Bolsonaro

Operação em pauta: Lula e Flávio divergem sobre abordagem policial

Em meio à repercussão da operação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a ação policial como “matança”, durante entrevista na Conferência Climática das Nações Unidas (COP 30), em Belém. Lula afirmou que a ordem judicial previa prisões, mas não as mortes registradas.

Flávio Bolsonaro rebateu publicamente a declaração presidencial e alegou que a expressão “matança” deve ser associada às ações de facções criminosas, não à atuação policial.