O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (4) que o irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro, talvez nunca mais volte a ver o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi publicada nas redes sociais, um dia após Carlos ter dito que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seu pedido para visitar o pai no domingo (7), data de seu aniversário.

Na postagem, o vereador classificou a situação vivida pela família como resultado de perseguição política e criticou decisões do STF que, segundo ele, afetam diretamente seus parentes.

Carlos fala em perseguição e cita Eduardo

Carlos Bolsonaro afirmou que o irmão pode ser impedido de reencontrar o pai, apontando o que descreve como um cenário de atuação coordenada contra a família na cúpula do poder.

Ele também mencionou o impacto desse contexto sobre o sobrinho Jair Henrique, filho de Eduardo, dizendo que o menino corre o risco de crescer distante do avô, a quem se refere como referência familiar e figura central da história do clã Bolsonaro.

Citações à esposa de Eduardo e críticas a bloqueio de contas

O vereador ainda citou a situação de Heloisa Bolsonaro, esposa de Eduardo. Segundo ele, ela teve contas bloqueadas sem ter sido formalmente investigada, o que descreve como parte de um quadro de abusos em que a punição viria antes da apuração dos fatos.

Na mesma sequência de publicações, Carlos argumentou que decisões judiciais vêm sendo usadas para ferir, humilhar e fragilizar sua família, reforçando o discurso de perseguição.

Visitas na PF e regras fixadas por Moraes

Carlos retomou ainda a crítica ao STF em razão da visita que tentou realizar ao pai no dia de seu aniversário. O ministro Alexandre de Moraes determinou que as visitas na Superintendência da Polícia Federal ocorram apenas às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, por 30 minutos, com limite de dois familiares por dia, regras que, segundo o próprio ministro, não podem ser alteradas.

O vereador relatou que a irmã mais nova, Laura, visitou o pai pela primeira vez nesta quinta-feira, na sede da Polícia Federal, onde Jair Bolsonaro permanece preso.

Preocupação com estado emocional do ex-presidente

No texto, Carlos Bolsonaro também comentou sobre as dificuldades que, na visão dele, o pai enfrenta enquanto cumpre pena pela tentativa de golpe de Estado. Ele descreveu o ex-presidente como submetido a “torturas silenciosas, psicológicas e morais”, que seriam capazes de abalar qualquer pessoa.