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Política
CPMI do INSS convoca Romeu Zema e rejeita ouvir Lulinha e Jorge Messias
Em última reunião de 2025, comissão aprova convocação do governador de Minas Gerais por suposta relação com consignados do BPC e barra pedidos para ouvir filho de Lula e advogado-geral da União após embates entre aliados do governo e oposição
05/12/2025 às 08:42por Redação Plox
05/12/2025 às 08:42
— por Redação Plox
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (4), a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Ao mesmo tempo, rejeitou os pedidos para ouvir Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado recentemente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram derrubados requerimentos para a oitiva de representantes de instituições financeiras como Santander, C6 Bank e Crefisa.
Filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Foto: Reprodução
Na última reunião de 2025, o colegiado analisou 181 requerimentos em uma sessão longa e marcada por embates entre governistas e oposicionistas. Parlamentares dos dois lados se dividiram na maior parte das votações e trocaram acusações de uso político da CPMI, inclusive no caso da convocação do governador mineiro.
Zema nega vínculo com gestão de financeira
Antes da deliberação, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), leu um ofício enviado por Romeu Zema à comissão. No documento, o governador informou que não participa, desde 2018, da administração da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S.A., e afirmou não ter esclarecimentos a prestar sobre as atividades da empresa, as quais, segundo ele, podem e devem ser detalhadas pela diretoria da companhia.
O requerimento de convocação foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). Ele argumentou que não se trata de perseguição política e sustentou que Zema ainda detém 16,41% das ações da Zema Crédito.
Segundo Correia, a saída formal de Zema da administração da financeira, em 2018, coincide com o período em que a empresa teria passado a operar empréstimos consignados voltados a beneficiários do BPC, os mais pobres de Minas Gerais, durante o governo Jair Bolsonaro.
Para a senadora Tereza Cristina (PP-MS), contudo, a convocação representa uma forma indelicada de tratar o governador, sobretudo porque outras autoridades em situação semelhante foram apenas convidadas a prestar esclarecimentos.
O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), sustentou que a convocação extrapola o escopo de atuação da CPMI, apontando cunho político na iniciativa e alegando ausência de provas ou vínculos diretos que justifiquem a medida.
Convocação de Lulinha é rejeitada
Por 19 votos a 12, a CPMI rejeitou a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, requisitada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). Parlamentares da oposição afirmaram que, em depoimento à Polícia Federal, Edson Claro, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, teria declarado que o filho do presidente Lula receberia uma mesada de R$ 300 mil de Antunes.
Durante o debate, oposicionistas defenderam que, à medida que as investigações avançam, surgem indícios de que Lulinha estaria no centro de articulações criminosas relacionadas às fraudes envolvendo o INSS.
O líder do governo na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), reagiu desafiando os colegas a apresentarem provas concretas contra Fábio Lula. Ele afirmou que não há relação entre a CPMI e o filho do presidente.
Relator da comissão, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) informou ter recebido, na manhã desta quinta-feira, uma ligação de Edson Claro, que disse se considerar em risco iminente de vida. Diante disso, Gaspar pediu ao presidente da CPMI que o caso fosse comunicado ao STF e à Polícia Federal, em razão da gravidade do relato.
CPMI barra convocação de Jorge Messias
A comissão também rejeitou sete requerimentos que pediam a convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado por Lula para o STF. O senador Rogério Marinho defendeu que Messias deveria esclarecer, perante a CPMI, a decisão da AGU de abrir investigação apenas contra parte das entidades que mantêm acordos de cooperação técnica (ACTs) com o INSS.
Marinho questionou por que, entre quase 40 entidades com ACTs ativos, apenas 11 ou 12 teriam sido incluídas no escopo da investigação, enquanto outras, como o Sindnapi — que tem como vice-presidente o irmão do presidente Lula, Frei Chico — e a Contag, teriam ficado de fora.
Já a senadora Eliziane Gama (PDT-MA) argumentou que houve uma movimentação política em torno da convocação de Messias após sua indicação ao Supremo. Ela defendeu a trajetória do advogado-geral da União, destacando que ele tem reputação ilibada e que sua atuação é apontada como responsável pelo ressarcimento de bilhões de reais a brasileiros lesados por fraudes no INSS.
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