Uma mulher foi presa na noite de quinta-feira (4) suspeita de usar o filho de 9 anos para furtar roupas de uma loja no Centro de Ribeirão Preto (SP). Câmeras de segurança do estabelecimento registraram toda a ação.

As imagens mostram o garoto ao lado do carrinho onde o irmão bebê, de aproximadamente 1 ano, está sentado. Em pé, ele acompanha a mãe enquanto ela observa as roupas expostas nos cabides.

Em determinado momento, a mulher entrega peças de roupa ao filho mais velho. O menino retira os cabides, dobra as peças sobre o braço e se abaixa até o carrinho. Ele chega a sentar-se no chão para conseguir esconder as roupas na parte inferior, logo abaixo do assento do bebê, utilizando o carrinho como esconderijo para as mercadorias.

Enquanto isso, a mulher continua a manusear outras peças na arara, aparentando escolher novos itens.

Mãe é localizada pela GCM e confessa o furto

De acordo com o boletim de ocorrência, a proprietária da loja acionou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) ao perceber, pelo monitoramento interno, que a mulher usava as crianças para subtrair mercadorias.

Com base nas características identificadas nas imagens, os agentes localizaram a suspeita na mesma rua do estabelecimento. Durante a abordagem, ela confessou o furto.

Com a mulher, foram recuperadas quatro peças de roupa, entre shorts, vestidos e blusas, avaliadas em R$ 359,60. A gerente da loja reconheceu tanto os itens quanto a suposta autora do crime.

Aos agentes, a mulher afirmou estar desempregada e disse que pretendia vender as peças para pagar o aluguel, segundo o registro policial.

Cinco crianças são acolhidas após flagrante

Após a prisão, a mulher foi levada ao Centro de Polícia Judiciária (CPJ), que determinou o acionamento do Conselho Tutelar. Na casa da suspeita, uma conselheira encontrou outras três crianças sozinhas, com sinais de fome e em situação de vulnerabilidade social.

Ao todo, cinco crianças – as duas que estavam na loja no momento do furto e as três encontradas na residência – foram encaminhadas ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica).

A mulher permaneceu à disposição da Polícia Civil, enquanto as crianças seguem acompanhadas pelo Conselho Tutelar e pela Assistência Social.