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CNU 2025: entenda as regras da prova discursiva e o que pode zerar sua nota
Marcas de identificação, rasuras, uso de caneta fora do padrão, fuga do tema e textos em formato inadequado podem levar à nota zero na etapa discursiva do Concurso Nacional Unificado 2025, que terá correção às cegas e questões de até 30 linhas
05/12/2025 às 07:53por Redação Plox
05/12/2025 às 07:53
— por Redação Plox
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Faltam três dias para a prova discursiva do Concurso Nacional Unificado (CNU), e muitos candidatos ainda têm dúvidas sobre o que pode levar à eliminação automática no momento da entrega da folha de textos definitivos.
Segunda etapa do concurso será realizada neste domingo (7); confira horários, sistema de pontuação e regras essenciais para a entrega do texto adequado
Foto: Reprodução
As regras valem para todos os oito blocos temáticos. Elas podem parecer simples, mas o descumprimento implica nota zero, mesmo que o conteúdo esteja correto.
A folha de textos definitivos é o documento entregue ao final da prova discursiva. Ela funciona como a versão final da resposta e não permite rasuras, anotações fora do espaço indicado ou qualquer marca que possa identificar o candidato.
Para garantir igualdade entre todos, a organização do concurso corrige apenas o que estiver dentro das linhas autorizadas, desconsiderando qualquer trecho escrito em cadernos de rascunho, margens ou espaços não permitidos.
O que causa eliminação na folha de textos definitivos
Entre os itens mais rígidos está a proibição de assinaturas, iniciais, desenhos, números de documentos ou qualquer marca pessoal que possa revelar a identidade do autor do texto.
Qualquer forma de identificação resulta em eliminação imediata, por violar o critério de correção às cegas, usado para impedir que o avaliador saiba quem escreveu a resposta.
Outra regra essencial é o uso de caneta. A banca exige caneta transparente de tinta preta desde o início da prova e considera inválido qualquer trecho escrito com lápis, borracha ou tinta de outra cor.
Rasuras também exigem atenção. A folha definitiva não é espaço para reescrita. Ao tentar apagar, sombrear ou modificar partes já escritas, o candidato pode comprometer a legibilidade do texto — o que também leva à nota zero.
O espaço destinado à resposta deve ser rigorosamente respeitado. A banca corrige somente o que estiver dentro das linhas da folha oficial. Se o candidato ultrapassar os limites e tentar continuar o texto em outra área, perde a pontuação, tanto em casos de textos muito longos quanto em respostas que fiquem soltas ou desconectadas da área indicada.
Fuga ao tema e estrutura do texto também contam
O edital prevê que a fuga completa do tema é motivo para eliminação automática.
Os enunciados da prova discursiva apresentam uma situação, um problema ou uma argumentação que deve ser desenvolvida. Quando o candidato ignora o assunto e entrega uma resposta sem relação com a proposta, a banca não atribui nota, independentemente da qualidade do texto.
O mesmo vale para textos decorados, respostas prontas ou modelos desconectados da pergunta.
A estrutura básica também é avaliada. O edital determina que o candidato apresente um texto contínuo, com início, desenvolvimento e conclusão.
Frases soltas, listas, esquemas ou textos incompletos indicam que a proposta não foi atendida. Nesse caso, a banca considera insuficiente para avaliação e atribui nota zero.
A organização do concurso reforça ainda que o candidato deve obedecer às instruções impressas na própria folha. Cada detalhe cumpre uma função, como limitar o tamanho do texto ou indicar ao avaliador onde começa e termina a resposta. Quando o participante ignora essas orientações e entrega o conteúdo fora do padrão, é desclassificado automaticamente.
O que é permitido no dia da prova e como será a discursiva
Além das regras sobre a folha de textos definitivos, apenas alguns itens são permitidos na sala no dia da prova, conforme o edital e as orientações específicas do CNU.
A aplicação da prova discursiva será no mesmo dia para todos os blocos temáticos, mas o formato varia conforme o nível do cargo.
Como será a prova para nível superior
Para cargos de nível superior, a prova discursiva terá duas questões, cada uma com limite de até 30 linhas.
Essa etapa vale 45 pontos no total. Cada questão corresponde a 22,5 pontos, divididos igualmente em dois critérios.
Metade da nota é atribuída ao domínio dos conhecimentos específicos, de acordo com os conteúdos previstos nos anexos do bloco temático de inscrição. A banca organizadora, Fundação Getulio Vargas, avaliará a compreensão do tema, a precisão conceitual e a pertinência das informações usadas pelo candidato.
A outra metade da nota corresponde ao uso da Língua Portuguesa. O avaliador leva em conta correção gramatical, estrutura do texto e organização das ideias. Coerência e coesão serão determinantes para que a resposta tenha clareza e unidade.
Como será a prova para nível intermediário
No nível intermediário, a prova discursiva será uma redação dissertativo-argumentativa de até 30 linhas.
Ela vale 30 pontos, todos atribuídos exclusivamente ao critério de uso da Língua Portuguesa.
Embora o tema se relacione com os conhecimentos específicos do bloco, o edital não prevê pontuação pelo domínio técnico.
O desempenho dependerá da capacidade do candidato de estruturar um texto com introdução, desenvolvimento e conclusão, mantendo coerência, coesão e respeito à norma culta.
Tanto as questões de nível superior quanto o tema da redação de nível intermediário serão baseados nos conteúdos específicos definidos nos anexos do edital. O candidato deve consultar o material do próprio bloco temático, pois os assuntos cobrados virão exclusivamente dessa lista.
Estratégias de estudo para a discursiva
Para se preparar, não basta memorizar conteúdos. É necessário transformar conhecimento em texto, revisando os eixos do edital e identificando os temas mais recorrentes.
Uma proposta de preparação é usar três pilares: revisão focada, treino e simulação. Isso inclui revisar conteúdos-chave, treinar redações dentro do limite de 30 linhas e do tempo de prova e simular pelo menos uma prova completa.
No nível superior, o foco deve estar em conceitos, classificações, políticas públicas e procedimentos específicos. Em blocos como o de Administração, por exemplo, é comum a cobrança de temas como gestão por competências.
A leitura atenta do edital ajuda a compreender o formato da prova, os eixos temáticos e os critérios de correção, permitindo planejar os estudos.
Para escrever dentro de 30 linhas, uma estratégia é adotar quatro parágrafos: introdução, dois parágrafos de desenvolvimento e conclusão. Um rascunho com tese, argumentos e fechamento facilita a distribuição das linhas e o uso de conectivos claros.
É recomendável escolher palavras precisas, fundamentar a argumentação com conceitos previstos no edital e manter a progressão lógica do texto. No nível superior, a nota é dividida entre conteúdo e linguagem; no intermediário, a avaliação é 100% baseada em Língua Portuguesa.
Na revisão final, vale reservar alguns minutos para conferir se o texto atende ao tema, se mantém coerência e se está livre de erros gramaticais.
Horários da prova discursiva
Os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e a prova começa às 13h.
No nível superior, a prova vai até 16h, totalizando três horas de duração, e o caderno só poderá ser levado a partir das 15h.
No nível intermediário, a prova termina às 15h, com duas horas de aplicação, e a retirada do caderno é permitida a partir das 14h.
Em ambos os níveis, o candidato deve permanecer pelo menos uma hora na sala, entregar o cartão de respostas e a folha de textos definitivos ao final. As três últimas pessoas da sala precisam ficar juntas até a assinatura da ata.
Como foi a primeira fase do CNU 2025
A primeira etapa do CNU 2025, aplicada em 5 de outubro, teve números expressivos e trouxe mudanças em relação ao ano anterior.
Para reforçar a segurança contra fraudes, foram produzidas 36 versões diferentes da prova objetiva, com quatro modelos para cada bloco temático.
Outra novidade foi a possibilidade de levar o caderno de questões para casa, desde que o candidato permanecesse na sala até o fim do período total da prova.
As provas começaram às 13h, com durações distintas conforme o nível:
Nível superior: 5 horas de prova, até 18h.
Nível intermediário: 3h30 de prova, até 16h30.
Independentemente do nível, todos precisaram permanecer pelo menos duas horas em sala antes de poder sair.
A prova objetiva foi dividida em duas partes: conhecimentos gerais (como português, lógica e atualidades) e conhecimentos específicos, que variam de acordo com o bloco temático.
O número de questões também variou:
Nível superior: 90 questões (30 de conhecimentos gerais e 60 de específicos).
Nível intermediário: 68 questões (20 de conhecimentos gerais e 48 de específicos).
Segundo o Ministério da Gestão, a participação dos candidatos surpreendeu: quase 60% dos inscritos compareceram, reduzindo a abstenção para 42,8%, bem abaixo do índice de 2024, que foi de 54%.
Mais de 760 mil pessoas se inscreveram, consolidando o CNU como o maior concurso público do país. O menor índice de abstenção foi registrado no Distrito Federal (30,8%), e o maior, no Amazonas (51,2%).
Com esse desempenho, a primeira fase encerrou com boa participação e aumentou a expectativa para a etapa discursiva, que agora será decisiva para a classificação.
Blocos temáticos e vagas do CNU 2025
Na segunda edição, o CNU organizou as vagas em nove blocos temáticos. Com uma única inscrição, o candidato concorre a todas as vagas do bloco escolhido. Os blocos são:
Seguridade Social
Cultura e Educação
Ciências, Dados e Tecnologia
Engenharias e Arquitetura
Administração
Desenvolvimento Socioeconômico
Justiça e Defesa
Intermediário – Saúde
Intermediário – Regulação
Os salários variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, de acordo com o cargo e o nível. Embora a maior parte das vagas esteja em Brasília, há oportunidades em diversos estados.
O CNU 2025 trouxe ainda uma mudança estrutural: todo o processo passou a ser regido por um único edital, o que facilita o acesso às informações e a comparação entre blocos.
Próximas datas do concurso
7 de dezembro – Aplicação da prova discursiva.
23 de janeiro de 2026 – Divulgação da nota preliminar e do espelho de correção.
26 e 27 de janeiro de 2026 – Período para recursos.
18 de fevereiro de 2026 – Resultado dos pedidos de revisão e divulgação da nota definitiva da prova discursiva.
20 de fevereiro de 2026 – Publicação das listas de classificação, tanto de vagas imediatas quanto de lista de espera.
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