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Polícia
Funcionário absolvido após matar patrão esfaqueado em confraternização de fim de ano em Cláudio
TJMG absolveu em 1ª instância Eliandro Bastos, acusado de matar o empresário Kerli Fabrício durante festa de fim de ano da empresa em 2024, em Cláudio (MG); família da vítima tenta reverter decisão na 2ª instância.
05/12/2025 às 17:49por Redação Plox
05/12/2025 às 17:49
— por Redação Plox
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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) absolveu em 1ª instância Eliandro Bastos, de 36 anos, acusado de matar a facadas o empresário Kerli Fabrício durante uma confraternização de fim de ano em Cláudio, no Centro-Oeste de Minas, em dezembro de 2024. A decisão é de setembro, mas o teor da sentença não foi divulgado porque o processo tramita em segredo de Justiça.
Eliandro e Kerli
Foto: Redes sociais / Reprodução
Eliandro está em liberdade desde janeiro deste ano, quando deixou o Presídio Floramar, em Divinópolis, após a expedição do alvará de soltura. A família de Kerli tenta reverter a decisão na Justiça.
PMMG / Divulgação
Foto: Redes sociais / Reprodução
Defesa alega legítima defesa e vê manutenção da decisão
Ao g1, a defesa de Eliandro afirmou que a absolvição ocorreu após a análise das provas e depoimentos colhidos ao longo da investigação. Segundo o advogado Pedro Henrique Oliveira Bispo dos Santos, tanto o Ministério Público quanto a defesa se manifestaram pela absolvição, e o juiz entendeu que o réu agiu em legítima defesa.
O advogado ressaltou que, em razão do segredo de Justiça, não pode detalhar o conteúdo da sentença, mas disse acreditar que o entendimento será mantido em 2ª instância.
O processo ainda tramita sob o pálio do segredo de Justiça, aguardando os trâmites recursais. A defesa acredita em sua inocência e na verdade dos fatos expostos no processo, bem como acredita que a justiça da absolvição pelo reconhecimento da legítima defesa será mantida em 2ª instância
advogado de Eliandro, Pedro Henrique Oliveira Bispo dos Santos
Família da vítima tenta reverter absolvição
Já os familiares de Kerli receberam a decisão em sentido oposto. O advogado Gabriel Melo Vieira, que representa os parentes do empresário, afirmou confiar que o TJMG “fará justiça, como lhe é de costume”.
Ele destacou que, por causa do segredo de Justiça e da gravidade do caso, eventuais manifestações serão feitas apenas nos autos do processo e por meio de notas oficiais.
Discussão em festa de fim de ano terminou em morte
O crime ocorreu em um sábado, em 21 de dezembro de 2024, durante a confraternização da empresa, segundo a Polícia Militar (PM). De acordo com o relato, Eliandro e Kerli discutiram no local.
Kerli teria dito ao funcionário que ele seria demitido da Metal Polo Aramados e Montagem por ser considerado um “funcionário muito caro”. Eliandro era o empregado mais antigo da empresa.
Segundo a defesa, a fala do empresário teria provocado revolta em Eliandro, que quebrou no chão uma garrafa de vinho recebida de presente do patrão. Ainda conforme essa versão, Kerli advertiu o funcionário pelo ato, exigiu que ele limpasse o chão e trancou o portão da empresa, impedindo a saída do trabalhador.
De acordo com a PM, já do lado de fora, na portaria social da empresa, Eliandro atingiu o empresário com três facadas. Kerli foi socorrido e levado ao Pronto Atendimento Municipal, mas não resistiu.
Na época, a empresa divulgou nota afirmando que não havia “explicação lógica” para o crime, destacando que patrão e funcionário eram amigos e que Eliandro atuava havia muitos anos no local.
Após esfaquear o patrão, Eliandro fugiu e pediu ao irmão que acionasse a polícia porque queria se entregar. Ele foi localizado por militares e preso em seguida. A Polícia Civil registrou o caso como homicídio qualificado por motivo fútil, quando o motivo é considerado desproporcional ou banal.
Versão da defesa sobre a legítima defesa
Em janeiro deste ano, o advogado Pedro Bispo já havia apresentado ao g1 a tese de legítima defesa. Ele explicou que Eliandro foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo fútil, mas que a defesa sustentava que o ato foi uma reação às circunstâncias do momento.
Segundo o defensor, a faca utilizada no crime estava no local e teria sido pega e escondida por Eliandro para sua própria proteção, sem indícios de planejamento ou intenção prévia de matar o patrão.
O advogado também relatou que a soltura de Eliandro ocorreu após pedido da defesa, que recebeu parecer favorável do Ministério Público. Com o inquérito concluído, foi protocolado o pedido de revogação da prisão preventiva; no mesmo dia, o Ministério Público se manifestou pela liberação, e o juiz decidiu pela soltura, expedindo o alvará.
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