Equador prende ex-vice-presidente na embaixada do México

A polícia do Equador invadiu a embaixada do México em Quito para prender Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, logo após o México conceder-lhe asilo político. A ação escalou as tensões entre os dois países, seguindo a expulsão da embaixadora mexicana devido a declarações do presidente Andrés Manuel López Obrador.

asilo contestado: O Equador classificou como "ilegal" o asilo a Glas, alegando que ele é procurado por peculato, um crime comum não coberto pelas convenções de asilo. Em contrapartida, o México invocou uma convenção de 1954, defendendo sua autoridade exclusiva para determinar a natureza da perseguição política.

respostas oficiais: Em reação, López Obrador ordenou a suspensão das relações diplomáticas com o Equador, citando uma "violação flagrante do direito internacional". A chanceler equatoriana, Gabriela Sommerfeld, expressou protesto e rejeição às declarações do presidente mexicano, aumentando a vigilância na embaixada mexicana em Quito.

precedentes de violência e crítica: A crise foi desencadeada por paralelos traçados por López Obrador entre a violência na campanha presidencial equatoriana de 2023 e a situação no México. O presidente mexicano também criticou o ex-presidente equatoriano Rafael Correa e a perseguição política, referindo-se a eles como "fascistas".

segurança e eleições: López Obrador alertou sobre o risco de violência na atual campanha eleitoral mexicana, similar à do Equador. Desde o início do processo eleitoral no México, em outubro, pelo menos 15 candidatos foram assassinados, destacando a ameaça do narcotráfico.

defesa do asilo: Jorge Glas, acusado de corrupção e atualmente abrigado na embaixada do México, e Rafael Correa, afirmam ser vítimas de perseguição política. López Obrador enfatizou o papel histórico do México na concessão de asilo a perseguidos políticos, defendendo a decisão de proteger Glas.