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Emprego

Profissionais com curso técnico ganham, em média, 17,7% a mais

No Nordeste, acréscimo na remuneração é de 21,7% na comparação com quem concluiu apenas o ensino médio

06/05/2019 às 12:47 por Redação Plox

Em um momento em que o Brasil registra taxas elevadas de desemprego, o ensino técnico profissional tem não apenas ampliado a chance de jovens conseguirem uma vaga no mercado de trabalho, mas também de terem melhores remunerações. Estudo Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com base em dados do IBGE, mostra que profissionais que realizam cursos técnicos têm um acréscimo na renda de 17,7%, em média, quando comparado a pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio.

Os números revelam que esse ganho é maior para profissionais do Nordeste. Na região, profissionais com cursos técnicos recebem, em média, 21,7% a mais que os que concluíram o ensino médio. No Norte e no Centro-Oeste, esse acréscimo é de 21,4%. No Sul e no Sudeste, de 15,1%.

Reprodução Agência Rádio MaisWhatsApp-Image-2019-05-04-at-14.06

Pesquisa do Sistema Indústria revela ainda que 64,5% dos trabalhadores que realizam cursos técnicos no SENAI, ao procurarem emprego, conseguem uma colocação em até 12 meses. Na avaliação de especialistas, esse número é significativo porque cerca de 80% dos alunos da instituição são das classes C, D e E.

“Em inúmeros casos, [essa formação] é a oportunidade da vida dessas crianças”, analisa Victor Teles, gerente-executivo da Festo Didactics, empresa de treinamento e consultoria do segmento industrial. Ele considera que, por meio de instituições como o SENAI e o Serviço Social da Indústria (SESI), jovens de baixa renda encontram, muitas vezes, o nível de ensino com o qual suas famílias jamais poderiam arcar.

Da informalidade ao negócio próprio

Quem teve uma oportunidade de capacitação e crescimento profissional foi a empresária de Palmas (TO) Sonja Pereira de Souza, de 34 anos. Ela saiu da informalidade após cursos técnicos e práticos nas áreas de pintura e textura, oratória, atendimento ao público, segurança do trabalho e leitura de projetos – todos feitos no SESI ou no SENAI.

Atualmente, Sonja tem o próprio negócio: uma empresa especializada em pintura, gráfica e comunicação visual. Para ela, as capacitações foram fundamentais para conquistar clientes e oferecer os melhores serviços.

"Eu não conseguiria descrever todas as coisas e as melhorias que a minha vida teve [depois dos cursos]. São muitas melhorias e em períodos diferentes. À medida que você vai amadurecendo, as oportunidades que você tem, você vai todo o dia agregando coisas que você aprendeu”, afirma a empresária.

“Soft skills”

Segundo Sonja, o seu aprendizado foi muito além da técnica. Ele impactou desde a apresentação de seu trabalho até a sua habilidade administrar sua vida pessoal.

“Aprendi a competir: como apresentar meu trabalho, trabalhar de forma mais responsável, ter mais qualidade no meu serviço, como formar um preço competitivo. Então, além de aprender a administrar melhor a minha empresa, consegui muitas coisas na minha vida pessoal. E foi só depois que eu fiz os cursos que eu consegui abrir o olho para ver, realmente, como as coisas funcionam”, afirma.

Pesquisa do SENAI mostra que empresas industriais dão uma nota de 8,7 – numa escala que varia de 0 a 10 – para técnicos formados na instituição no que diz respeito à sua capacidade de atuar nos processos de trabalho.

Em relação à avaliação das capacidades não cognitivas, a nota é semelhante. Por exemplo, egressos do SENAI recebem uma pontuação de 8,7 no que diz respeito à “flexibilidade para lidar com mudanças” e de 8,9 na de “trabalhar em equipe”.

Desempenho em português e matemática

Dados do Sistema Indústria mostram também que alunos do SESI têm melhores desempenhos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O estudo “O Desempenho da Rede SESI e das demais redes de ensino”, liderado pelo coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes, revela que, no 5º ano do ensino fundamental, os alunos da Rede SESI apresentaram, em média, resultados semelhantes aos alunos da rede federal e superiores aos alunos das escolas municipais, estaduais e privadas do Brasil. O resultado diz respeito tanto à disciplina de língua portuguesa quanto de matemática.

Para Menezes, esse resultado está muito ligado à gestão das escolas do SESI. Além disso, ele destaca a qualidade dos professores da instituição. Ao todo, 94% dos docentes da instituição são capacitados anualmente. Mais de 80% do corpo docente participa do processo de gestão e definição das metas.

“É o efeito-escola, a gestão e outros fatores, como possivelmente a qualidade do professor, que estão fazendo a diferença para que as escolas Sesi consigam ter resultado melhor comparando alunos com a mesma escolaridade da mãe”, afirma o pesquisador.

A seu ver, as escolas do Sesi deveriam servir de modelo para o ensino público.

“Se a gente puder aprender com as experiências exitosas e utilizá-las nas escolas públicas do Brasil, isso vai ser muito importante no país”, afirma.

Anualmente, o SESI realiza 1,1 milhão de matrículas em educação básica, continuada e ações educativas. Ao todo, 3,5 milhões são beneficiadas anualmente com serviços de saúde e segurança da instituição. São 501 escolas, 114 unidades de vida saudável e 553 unidades móveis em todo o Brasil.

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